Tópicos dos conteúdos de avaliação: (10º F e G)
A forma de organização da rede escolar uniformizada no Império Romana.
. Seguiu uma educação o mais completa possível em termos físicos e
intelectuais tal como na Grécia
. Aos 7 anos os jovens iniciavam os seus estudos junto das escolas
públicas situadas nos pórticos do Fórum e desenvolviam a sua actividade sob
orientação de três mestres:
. O literator, que ensinava
a ler, escrever e contar. E eram frequentadas por todas as crianças da cidade –
que correspondia ao ensino primário.
-Nesta fase a escola era exigente utilizando castigos violentos as
crianças que não cumpriam. De resto às crianças e os jovens, ensinavam a
respeitar os mais velhos, venerar os deuses e a orgulharem-se de Roma e
Império.
. O grammaticus – que
aprofundava o estudo da língua, da literatura e da histórias pátrias, bem como a do cálculo e da geometria. As suas
aulas eram praticamente frequentadas pelos rapazes e eram poucas as raparidas
que chegavam a este nível – que correspondia ao ensino secundário.
. O rethor – que completava
a formação intelectual, centrado na retórica e oratória – que corresponde ao
ensino superior – permitia-lhes singrar na vida pública no âmbito da função
pública e da vida política. Nas cidades gregas e helenísticas onde ensinavam os
grandes mestres da matemática e filosofia.
A rede escolar era fundamental para assegurar a unificação cultural do
Império e o Estado determinava que:
. As autoridades municipais deviam assegurar a criação de escolas e os
seus custos.
Proteger e conceder privilégios aos professores em termos fiscais
Custeou a actividade de alguns gramáticos e retóricos, a fim de tornar
o ensino gratuito.
A importância da poesia no contexto da literatura romana
. Sob o mecenato de Augusto no
século I , Roma tornou-se num centro cultura.
. A literatura atinge o apogeu com os seguintes poetas.
- A Eneida, de Virgílio - é um canto às origens de Roma e uma
glorificação dos deuses greco-romanos que permitiram a felicidade do governo de
Roma.
- Horácio - poeta lírico, foi talvez aquele que mais se empenhou na
defesa do regime imperial, as suas Odes estão cheias de alusões ao imperador
que livra Roma de discórdias e calamidades.
- Ovídio – não se assume defensor do regime, canta o amor galante, nada
de acordo com a moralização do imperador que o manda para o exílio no Mar
Negro.
O valor da historiografia no Império Romano
. Quer a literatura, quer a História, está representada sobretudo por
Políbio, Tácito e Tito Lívio, justificavam e glorificavam o Império. Na
historiografia romana, enquanto Virgílio exaltava o poderio romano justificando-o
pela sua origem divina, o historiador Tito Lívio demonstrou uma preocupação com
o rigor metodológico:
. Tito Lívio, viveu na República e no início do Império, descreveu a
História Romana em 142 livros, os acontecimentos que, das origens ao ano 9 aC . marcaram o caminho da
cidade ao Império. Viveu alguns acontecimentos que relatou. A sua obra é
animada de um patriotismo ardente e de um profundo sentimento.
. Políbio, de origem grega, escreveu em 40 livros, escreveu as
conquistas romanas nos séculos III a II aC., a organização política de Roma, do
seu exército e uma série de documentos históricos entre eles o primeiro tratado
entre romanos e cartagineses.
. Tácito, que viveu entre 55 dC. e 120 dC., escreve sobre os reinados
dos Imperadores desde Augusto a Domiciano, no âmbito dos costumes, vida luxuosa
na corte, o poder dos homens de negócio e a vida dos soldados e dos
humildes
- Função da historiografia – glorificação do império e legitimação das
suas conquistas.
- As principais características da tipologia do retrato na época
Romana:
. o retrato, ligado ao culto dos mortos e à tradição de modelar as
esfinges dos defuntos (carácter realista).
. Com a República e através das conquistas vão difundir o retrato do
período clássico e helenístico, nomeadamente na representação do retrato e não
na representação formal do nu clássico.
-Evolução do retrato:
. Na tradição etrusca as primeiras representações eram mascaras de cera
de culto aos antepassadas
passando a representações em mármore em que o homenageado surge
representado com os bustos dos antepassados (retrato do patrício romano
. O retrato - que traduzia as
características fisionómicas ( de olhos, sobrancelhas), boca, cabelo e a barba)
e as marcas do tempo e do sofrimento humano. (ex. Sila (chefe militar) e Adriano
(filosofo).. A estátua – retrato – realizada com fins públicos, como a estátua
de Augusto , em que o imperador é nitidamente representado
segundo a influência da escultura grega. O corpo de herói, mas seguindo as
proporções e posições, determinadas por Policleto. Representa o Chefe e simultaneamente
o Deus.
. A estátua equestre em que o imperador é representado a cavalo
- A função e as formas de representação do relevo romano:
. Fins ornamentais, comemorativos e narrativos ou histórico.
.O relevo ocupava :- estelas funerárias, túmulos, altares ( p.78
–doc.6), arcos triunfais ou colunas.
Vários exemplos:
.Aras Pacis – altar ricamente decorado para celebrar a paz. Destaca-se
dois tipos de painéis os que apresentam elementos gregos, marcados pelo gosto
pela idealização, proporção e perfeição,
de temática vegetalista; e os painéis de matriz romana, sentido descritivo onde
se verifica a idealização dos diferentes elementos da família real.
.Arcos de Triunfo - Exemplo de
relevo comemorativo que consagra as vitórias dos imperador romanos
.Colunas – Relevo domina a arquitectura visto que esta, como forma de
coluna é o suporte daquele
.Sarcófagos – Inicialmente caracterizado por um medalhão que
representava o retrato de um defundo, mais tarde estão associados temas
mitológicos e episódios à vida do morto.
A organização arquitectónica dos espaços religiosos na época Imperial.
Fórum Romano:
. Centro administrativo e religioso
. Influência grega.
. Limitada por muralhas
. Conjunto monumental que integrava: arcos triunfais, templos,
basílicas, palácios e estatuária variada.
Modelo urbano da cidade romana
. Limitada por muralhas e definida em duas grandes vias o cardo e
documano
. Aquedutos – desenvolvem-se com a função de levar água às cidades e
termas – organiza-se em andares e definidos por arco redondo
. Basílicas – com abóbadas de aresta e semí-cúpulas nas absides
laterais
- função: tribunais, cúrias, mercados, palácios imperiais e bolsa de
mercadores
. Termas – mais que simples balneários
eram lugares de encontro e convívio social.
. Anfiteatros – construções em forma elítica ou circular
. Teatros – semelhantes aos anfiteatros na forma e decoração – podiam
ser espaços abertos ou fechados.
As
condições políticas que determinaram a progressiva extensão da cidadania:
. A unidade do império, não só dependia da administração ou culto
imperial, da força das legiões mas também do estatuto das pessoas nas suas
relações com o Estado Romano.
Direito de contrair património, direito de proceder a atos jurídicos,
direito de possuir terras, direito de votar
e de ser eleito para as magistraturas
Deveres de servir no exército e o pagamento de determinados impostos ao
Estado.
. O conceito de cidadania na monarquia (séc. VIII- Vac) era uma condição
exclusiva dos homens livres e dos patrícios. Os plebeus apesar de livres não
tinham esse estatuto.
. Na república (509aC.-27aC) – Esta desigualdade de direitos gerou
entre patrícios e plebeus vários conflitos, porém a Lei ds Doze Tábuas ,
permitiu aos plebeus a concessão de direitos políticos.
. Todavia foi a expansão militar que favoreceu essa pretensões
igualitárias face à necessidade de domino romano e como tal os plebeus
adquiriam determinados direitos políticos e sociais
. Nos finais da república era um direito exclusivo dos romanos.(III aC)
. Nos I e II aC., era atribuído a estrangeiros que por actos bravuras
ou serviço prestados ao serviço do Império
. Séc.I aC – Extensão de direito de cidadania a toda a Itália. (49aC.)
. 212 dc. , o Édito de Caracala permitiu alargamento a todos os homens livres, que não
sendo romanos vivessem no Império favorecendo a integração da províncias conquistada no Império.
Os principais factores de coesão do Império romano foram a vida urbana,
o culto do imperador, o direito romano e o acesso à cidadania.
-Promoveram a vida urbana como centro de poder local e a difusão da sua
cultura (federação de cidades com
autonomia própria).
-Divinizaram a figura do imperador e com ela, a autoridade do estado.(adorado em todo império/garante da paz e
prosperidade dos povos).
- Organizaram um conjunto de leis notáveis pelo seu rigor e amplitude (fomentando a justiça e a equidade,
regulador da paz e ordem imperiais).
-Estenderam progressivamente a condição superior da cidadania aos povos
dominados ( permitindo os mesmos
direitos e a mesma dignidade dos seus conquistadores/deixavam de sentir-se
súbitos.
.O culto
do imperador associado à figura a cultura da deusa Roma constitui um factor de
unidade.
. O processo de
sistematização e codificação do direito romano: a Lei era outro factor de
ordenação e da unidade de imperial.
.
Inicialmente era o costume a fonte de Direito Civil. (Codificado na Lei das Doze Tábua-Código VaC).
. Mais
tarde, este corpo legislativo, que era a do Direito Público e Privado foi
alterado.
. Por
acção da actividade jurídica e dos magistrados, criaram uma grande quantidade
de regulamentos, uma espécie de grande código civil.( os pretores aplicavam o
direito através dos éditos, outros resultavam do Senado e outros do Imperador
(decretos imperiais) – jurisconsultos – emitir pareceres, colaboradores dos
pretores e aplicavam o direito.
. No
final do séc. II, o discurso imperial torna-se força de lei, não era necessário
a fiscalização da lei.
. A dinastia dos Severos contribuíram para a
codificação das leis através das constituições imperiais.
. É uma sistematização e codificação de certas
práticas em certos momentos das instituições romanas.
. Adaptando-se às sucessivas realidades
económicas, política e sociais até ao séc. V
.Destacando-se o código de Justiniano que
ordenou a reunião de 10 séculos de leis escritas
. O direito Romano, era o garante da ordem e
justiça em todo o império um dos maiores legados à civilização ocidental.
. A paz e a ordem fundamental para a divinização de Octávio (27 aC –título de
Augusto =Júpiter).
. Na tradição romana era reconhecida natureza divina aos homens que
realizavam grandes feitos.(inclusivé generais)
. Este organizou, moderou (virtudes imperiais) e também aceitou o seu culto nas províncias, em Roma o seu génio (Vitória Augusta,Paz
Augusta, Justiça Augusta e a Liberdade Augusta)
. Assistiu-se à construção de templos e altares no âmbito do culto
imperial tanto nas províncias como em Roma.
. Após a sua morte 14 dc atribui-lhe o título divino (que rejeitara em
vida).
. Culto imperial foi associada à deusa Roma, representação da cidade e
do povo( força superior predestinada
para dominar o mundo) . O
culto de Roma e ao imperador normalmente associado foi importante para a
unidade política.
(garante da paz e prosperidade)
A consagração do poder imperial
com a unidade do império romano.
A institucionalização da ordem imperial iniciada no ano 27 aC. por
Octávio constitui um processo lento através do qual se observa a progressiva
centralização do poder nas mãos de um chefe que o exerce de um modo pessoal.
. 40 - 38 aC ., o Senado confiou a Octávio o império
proconsular, em todo o território romano ou seja o título de imperador.
. A construção de um Estado forte e
unificado, centralizando numa única pessoa todos os poderes, ocorreu em 27 aC . com a instituição do Estado
Imperial, na pessoa de Octávio com o título de Augusto, (Um
título reservado aos deuses e pelo qual passou a ser objecto de culto em todo o
império. A divinização da figura do imperador constitui o elemento de coesão do
poder).
. 23 aC – o povo e o Senado estenderam o império proconsular a todo o espaço do
Império e atribui-lhe o Poder Tribunício através do qual adquiriu o direito de
propor leis, vetar as decisões do Senado ou dos magistrados e a inviabilidade da sua pessoa.
. 12. aC , recebeu o cargo do Pontifex Maximus controlando o poder sacerdotal e religioso.
. Octávio César Augusto, conseguiu para si,
uma autonomia pessoal, absoluta e de carácter quase divino, o que originou o culto imperial .
- A importância do urbanismo no território imperial.
. a cidade como centro administrativo capazes de gerir os assuntos
correntes e unidade do império
. Assim a reorganização e a criação das cidades foi uma prioridade
. o modelo romano capital do império foi seguido por todo o império
(romanização).
. rodeada de muralhas, fórum, mercado, templos, teatros, termas, etc.
. questões urbanísticas, abastecimento da água, alimento, construção de
vias e esgotos.
. federação de cidades dotadas de autonomia e com estruturas
administrativas.
Roma como cidade ordenadora da unidade do mundo imperial.
. 509 aC .
, nasce Roma com a vitória da
aristocracia romana sobre os Etruscos.
. A sua afirmação política
justificou-se por necessidades de defesa, económica e glória.
. 146 aC ., já domínio o Mediterrâneo Oriental.
. Uma vez constituído como Império levou a cabo a unificação de um
grande espaço.
. Espaço de domínio de Ocidente a Oriente, da Península Ibérica, à Mesopotâmia,
. Das ilhas Britânicas até ao Egipto
. Cidades ricas e populosas: Roma, Cartago, Atenas ou Alexandria
. A república assente num modelo próximo da polis grega dava lugar a um
regime monárquico.
. Cujo o poder estava num imperador, imperium e dotado de um carácter
sagrado (Octávio Augusto). Apogeu do seu domínio entre o séc. I e II dc.
A Educação dos cidadãos na Grécia Clássica
- Em Atenas a partir do séc. VI aC. , a educação dos cidadãos passou a
ser encarada de forma mais ampla.
- Essa aprendizagem seguia as seguintes etapas:
. Aos sete anos as crianças eram educadas pela mãe no gineceu.
. Os rapazes iam à escola e preparavam-se para ser cidadãos.
. as raparigas aprendiam os louvores.
1ª Etapa – 7anos:
- o currículo de aprendizagem incluía as seguintes matérias: leitura,
escrita e aritmética.
. O objectivo era o domínio da escrita e da leitura.
. Obrigatório era o conhecimento dos poemas de Homero e de Hesíodo, que
deviam recitar de cor.
. As disciplinas como a poesia e a música, favoreciam a harmonia e o
ritmo.
. O acompanhamento das actividades escolares era feita pelo pedagogo
por vezes um escravo culto.
. A preparação física tinha duas finalidades a preparação física e a defesa
da polis quando necessário
2ª Etapa – 15 anos
. A formação cívica e física
concentrava-se no exercício físico nos ginásios.
. A aprendizagem com vista à
sabedoria completava-se na procura da sabedoria ( Matemática e Filosofia).
3º Etapa –
. Aos 18 anos, pertencia ao grupo dos efebos , devendo cumprir um
serviço militar de dois anos, findo o qual eram considerados cidadãos em pleno
dos seus direitos civis e políticos.
. A educação cívica completava-se com a sua participação nas
assembleias, no exercício das magistraturas e os debates na agora.
A partir do séc. V a formação dos cidadãos integrava o desenvolvimento
do espírito crítico e a facilidade de expressão.
. Este saber era difundido pelos Sofistas, que eram objectivos de
crítica porque eram pagos.
As grandes manifestações cívico –
religiosas na Antiga Grécia
. culto dos deuses de cada uma
das cidades, eram organizados pelos cidadãos, funções religiosas a cargo dos
arcontes e as despesas asseguradas pelo tesouro público da cidade e pelos mais
ricos. Participação nestas actividades religiosas eram tão importante como a política e o
serviço militar.
1 - As festas das Panateneias.
- decorriam durante seis dias
toda a população( em honra da Deusa Atena)
- realizavam-se todos os anos ,
mas em cada quatro anos, denominavam-se as Grandes Panateneias
- nessa ocasião se desenrolava a
celebre procissão das Panateneias [era nessa ocasião que os jovens sacrificavam
num altar os animais (cerca de 100 bois /a deusa era presenteada por um manto
bordado pelas donzelas das melhores famílias de Atenas
- incluíam também orações e
concursos literários, atléticos e musicais.
2 – Os Jogos Oímpicos –Jogos Pan-helénicos.
- 4 em 4 anos – em Olímpia em
honra de Zeus, Hércules ( heroí que lhes deu nome) e Pélops (1ºvencedor).
-antes da competição- “tréguas
sagradas” –prisão com armas nos Jogos
- as raparigas solteiras podiam
assistir aos jogos
- Integrava as cerimónias religiosas celebradas no templo de
Zeus
- Incluía uma série de provas
desportivas: Luta, Pugilato, a Corrida e as provas equestres.
-Promoviam a cultura física – que
ia ao encontro da sua formação.
- A coroa de louros era atribuída
ao vencedor/o campeão era o orgulho da cidade.
-realizaram-se entre 776ac. – retomados na era moderna em 1896
3 - Jogos Nemeus [Delfos em honra de Zeus e Hércules] e Istímicos [ em
Coríntio – Jogos honra de Posídom]
-realizavam-se 4 em 4 anos -
começaram por ser apenas concursos musicais, depois desportivos e religiosos).
-pelo contrário procuraram entre
homens e cidades pré-helénicas.
Teatro
-O teatro nasceu – das festas em honra Dionísio -
durante seis dias
- Espaço organizado em três áreas distintas: o palco, a orquestra e
bancadas.
- no séc.V a.c.- era acima de tudo uma celebração religiosa de certa
severidade [temas : lendas dos deuses e heróis]
- coros e danças – homenageava o deus- representações dramáticas
A Tragédia [carácter moralizador
subordinando o homem aos deuses e seus desígnios ] –
Principais poetas: Esquilo, Sófoles e Eurípides.
A comédia [incitava ao riso e à boa disposição sem, no entanto
valorizar os objectivos moralizadores – crítica o comportamento dos políticos e
no modo satírico como critica o comportamento dos políticos e as correntes
intelectuais e culturais do seu tempo ].
Principal poeta: Aristófenes.
Função de Jogos: - Evitar o antagonismo e ódio, pelo contrário
procuravam promover o convívio entre os homens e cidades pan - helénica.
Os principais limitem à
participação democrática na Grécia Clássico.
- O nº de cidadãos que gozavam de plenos direitos não ultrapassava os
10 %.
- Entre os habitantes que estavam excluídos da vida política
contava-se:
As mulheres:
- Embora respeitadas tinham uma liberdade restrita.
- Não participavam na vida política e urbana.
- Estavam limitadas ao lar [ gineceu], aposentos privados.
- Dedicava-se á educação dos filhos e às tarefas domésticas.
- Estavam sobre a tutela do marido ou do irmã mais velho
Os metecos:
- Eram estrangeiros e apesar do seu papel na vida económica não tinham
direitos políticos.
Os escravos:
- Eram cerca de metade da população ateniense.
-Não tinham personalidade júridica.
- Antigos prisioneiros de guerra.
- Garantiam a vida e o bem estar da população.
- Libertavam os cidadãos para os seus negócios.
As normas reguladoras da democracia incluíam o ostracismo e a pena de
ordem, para os cidadãos que prejudicassem o funcionamento do sistema
democrático. O sorteio, a rotatividade dos cargos e a demagogia, acabaram por
em determinados momentos por se afirmarem como obstáculos ao regime.
As principais normas reguladoras da democracia grega
- Renumeração pelo exercício de
cargos públicos = evitando que apenas participação política fosse
condicionada pela fortuna.
- Preferência do sorteio
relativamente em relação ao à eleição = assegurava o acesso a todos ao
desempenho de cargos políticos/públicos, através da rotatividade e não apenas
aos mais cultos ou importantes.
- Carácter transitório e
rotativo dos cargos = corrupção, formação de clientelas e abusos e poder.
- Prestação de contas pelos
magistrados no fim dos mandatos = evitava os abusos do poder e a corrupção.
- Ostracismo = exílio da
cidade durante 10 anos = evitar a tirania e os conflitos entre os cidadãos.
O papel dos principais reformadores no
processo de consolidação da democracia na Grécia Clássica.
- As reformas de Sólon – arconte 594 aC ., acabou com a escravização por dívidas
e reconheceu a todos os cidadãos da Ática o direito de cidadania. Embora as
principais magistraturas da cidade continuassem reservadas aos aristocratas, a
Assembleia abria-se a todos os cidadãos.
- As reformas de Clístenes, considerado o fundador da democracia ateniense, instituiu o sistema decimal que
serviria de base ao funcionamento das instituições. Reorganizou, para isso, o
território ático, dividindo em 10 tribos subdivididas, por sua vez 10 demos.
Qualquer que fosse a sua origem ou fortuna todos pertenciam ao demo que
habitavam. Destas circunscrições sairiam os cidadãos que governavam a cidade.
Com base na demo e no princípio da
igualdade dos cidadãos que aí habitavam, surgia noção do novo regime a
democracia.
- As reformas Péricles, defendeu a participação democrática e instituiu
o princípio da democracia directa. Não havia distinção de riqueza, profissão o
grau de riqueza. Cidadãos eram apenas homens livres, filhos de pai e mãe
inscrito na demos. Atribuição de salários para cargos públicos.
Uma democracia – isto é a soberania partilhada por todos os cidadãos.
. o seu exercício era feito de
forma directa – o governo era exercido pelos próprios cidadãos
. cidadão eram apenas os homens livres, filhos de pai e mãe ateniense
inscritos na demos
Por vezes a título excepcional era concedido a um estrangeiro
. não havia distinção, profissão, riqueza ou grau de instrução
. através de eleições ou sorteios, eram eleitos de forma temporária (
geralmente anuais e rotativos)
.Os direitos do cidadão : - isonomia – igualdade perante a lei
Isocracia - igualdade de acesso aos cargos políticos
Isogracia – igual direito de todos a palavra
A partir do séc. V e IV ac exerciam a cidadania no âmbito das
instituições e órgãos de poder consignados na Constituição de Atenas
O modo de organização cívica e política na Grécia Antiga.
- Multiplicidade de
polis ou cidade de estado
- Numero de cidadãos
reduzido – 400.000 [ Atenas + populosa ] .
- Corpo cívico
reduzido nem todos eram cidadãos [ não
incluía escravos, mulheres e
estrangeiros ]
- Aos cidadãos –
conduziam a vida política, legislativa [leis, e cerimónias religiosas
- Capacidade de defesa
- A capacidade de
governo depende da relação entre o território e a população. [ Ideal da
autarcia]
Os principais elementos da polis
Grega.
- duas partes fundamentais: parte alta e a parte baixa
- inicialmente a polis organizou-se
na parte alta [ acrópole] – função defesa
- sendo o centro da vida
religiosa e política
- residência dos nobres e bem como centro da vida religiosa
- acrópele torna-se culto – ofertas aos deuses e procissões
- mais tarde, situação de Paz
- surge agora – praça Pública [
mercado] e centro cívico da cidade.
- como mercado servia para a transacção comerciais e lugar de reunião
para assembleias públicas.
- localizada na parte mais baixa era o centro da vida política, económica e social.
- tribunal - justiça
- circo e teatros
- fontes – indispensável para o abastecimento de água.
- templos e altares – santuários para o culto dos deuses
Síntese: A polis não se limitava ao espaço urbano
propriamente dito; englobava igualmente as terras circundantes, onde se
cultivavam os produtos necessários à sobrevivência da população e de pastagem
dos seus rebanhos. Compreende-se que assim fosse, porque o ideal de autarcia
pressupunha não só existência de instituições políticas próprias mas também que
a cidade fosse auto-suficiente no plano económico e militar, possuindo o
necessário (alimentos, mão-de-obra, exército) à sua existência.