terça-feira, abril 10, 2012

Registos fotográficos da Exposição do Mundo Português (1940)


Oliveira Salazar e António Ferro -o político e o ideólogo do regime.


Plano da Exposição do Mundo Português



Praça do Império, com o Pavilhão de Honra e de Lisboa ao fundo. 


Perspectiva interior do pavilhão da Exposição Etonográfica


Reconstituição das Aldeias de Portugal

A exposição do Mundo Português foi inaugurada em 23 de Junho de 1940, com pompa e circunstância, inaugurada pelo Presidente do Conselho, o Doutor Oliveira Salazar. Em primeiro plano na parada destacavam-se as presenças de Cottinelli Telmo, arquitecto chefe da exposição, António Ferro, director do Secretariado Nacional de Propaganda, Duarte Pacheco, ministro das Obras públicas e o presidente da Câmara de Lisboa. O seu guia informava o visitante de que o preço para uma entrada geral era 2$50, e a dormida na pensão popular montada na Quinta do Cadaval custava aos excursionistas cerca de 13$00. O horário de visita ao certame, era das 09h.00 as 24h00, com excepção do parque das atracções que se prolongava até às 02h30. O espaço da exposição iniciava-se com a entrada no Pavilhão da Fundação, seguia-se uma série de edificações, o Pavilhão da Fundação, o Pavilhão da Colonização, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo, a Secção da Vida Popular e o término com o Padrão dos Descobrimentos e a Nau de Portugal, reconstituição fidedigna de uma nau da época quinhentista. Junto ao Mosteiro dos Jerónimos desenvolvia-se a secção Etnográfica colonial distribuída por entre vasta flora tropical e onde pontuava o Museu de Arte Indígena. Esta obra monumental realizada ao longo de catorze meses e com um orçamento de 35 mil contos, com uma mão-de-obra disponível de 5.000 operários, 129 auxiliares, 1000 estucadores e 15 engenheiros. Destacando-se ainda uma mão cheia de arquitectos de nomeada como: Cotinelli Telmo, Raul Lino, Cristino da Silva, Raul Rodrigues, Pardal Monteiro ou Carlos Ramos …. e Escultores, como Leopoldo de Almeida, Francisco franco, Canto da Maia, António Costa, Barata Feyo,  António Duarte … todos eles, académicos, modernistas e artistas do regime  em busca de um estilo português … proposto actualmente pelo regime.   Nas palavras de Oliveira Salazar, a Exposição do Mundo Português de 1940, não era mais que “ uma síntese da nossa acção civilizadora, da nossa acção na História do Mundo” e mostrava “todas as pegadas e vestígios de Portugal no Globo”. A Exposição, comemorava simultaneamente dois acontecimentos históricos, os oito séculos da fundação da nacionalidade e tês da restauração da independência. A exposição ficaria como marco crucial da cumplicidade dos artistas com o Estado Novo ensaiada nos anos 30 e simultaneamente, o seu ponto final e de viragem.