Oliveira Salazar e António Ferro -o político e o ideólogo do regime.
Plano da Exposição do Mundo Português
Praça do Império, com o Pavilhão de Honra e de Lisboa ao fundo.
Perspectiva interior do pavilhão da Exposição Etonográfica
Reconstituição das Aldeias de Portugal
A exposição do Mundo Português
foi inaugurada em 23 de Junho de 1940, com pompa e circunstância, inaugurada
pelo Presidente do Conselho, o Doutor Oliveira Salazar. Em primeiro plano na
parada destacavam-se as presenças de Cottinelli Telmo, arquitecto chefe da
exposição, António Ferro, director do Secretariado Nacional de Propaganda,
Duarte Pacheco, ministro das Obras públicas e o presidente da Câmara de Lisboa.
O seu guia informava o visitante de que o preço para uma entrada geral era
2$50, e a dormida na pensão popular montada na Quinta do Cadaval custava aos
excursionistas cerca de 13$00. O horário de visita ao certame, era das 09h.00
as 24h00, com excepção do parque das atracções que se prolongava até às 02h30.
O espaço da exposição iniciava-se com a entrada no Pavilhão da Fundação,
seguia-se uma série de edificações, o Pavilhão da Fundação, o Pavilhão da
Colonização, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo, a Secção da Vida Popular e o
término com o Padrão dos Descobrimentos e a Nau de Portugal, reconstituição
fidedigna de uma nau da época quinhentista. Junto ao Mosteiro dos Jerónimos
desenvolvia-se a secção Etnográfica colonial distribuída por entre vasta flora
tropical e onde pontuava o Museu de Arte Indígena. Esta obra monumental
realizada ao longo de catorze meses e com um orçamento de 35 mil contos, com
uma mão-de-obra disponível de 5.000 operários, 129 auxiliares, 1000 estucadores
e 15 engenheiros. Destacando-se ainda uma mão cheia de arquitectos de nomeada
como: Cotinelli Telmo, Raul Lino, Cristino da Silva, Raul Rodrigues, Pardal
Monteiro ou Carlos Ramos …. e Escultores, como Leopoldo de Almeida, Francisco
franco, Canto da Maia, António Costa, Barata Feyo, António Duarte … todos eles, académicos,
modernistas e artistas do regime em
busca de um estilo português … proposto actualmente pelo regime. Nas
palavras de Oliveira Salazar, a Exposição do Mundo Português de 1940, não era
mais que “ uma síntese da nossa acção civilizadora, da nossa acção na História
do Mundo” e mostrava “todas as pegadas e vestígios de Portugal no Globo”. A
Exposição, comemorava simultaneamente dois acontecimentos históricos, os oito
séculos da fundação da nacionalidade e tês da restauração da independência. A
exposição ficaria como marco crucial da cumplicidade dos artistas com o Estado
Novo ensaiada nos anos 30 e simultaneamente, o seu ponto final e de viragem.