sexta-feira, agosto 31, 2012

Grandes rios portugueses ....



Rio Douro e os famosos barcos rebelos ....


Coimbra das tradições e Mondego das Lavadeiras


O Tejo  a caminho do  seu segundo ano de vida no Século XX ...


O Zêzere domesticado pela então recente Barragem de Castelo de Bode ...


O Guadiana adormecido junto a recém baptizada Avenida da República ...

quarta-feira, agosto 29, 2012

Paul Cézzane - Uma referência do Pós-impressionismo ...


    
 
Paul Cézanne, O fumador, Óleo sobre tela, 1895, S.Petersburgo.

 
Paul Cézzanne,Banhistas, Óleo sobre tela, 1890-1892, Musée Orsay (Paris).  


 
Paul Cézanne, NaturezaMorta, 1897-1882, Óleo sobre tela, Colecção Oskar Reinhart   
 

Paul Cézanne ( 1839-1904) – Nasceu na cidade francesa de SAix-en-Provence e se converteu num dos pintores de referência da época contemporânea. A sua obra tende estabelecer uma ponte entre os estilos mais tradicionais do século XIX e as mudanças radicais que trouxeram consigo as vanguardas do século XIX. Pós-impressionista, os seus trabalhos pictóricos foram marcados por um estilo poderoso e pessoal que influenciou notavelmente os seus contemporâneos, assim como os movimentos estilísticos posteriores. O seu modo de representação pictórica se baseava num método construtivo de adição de planos de figuras para criar um todo, tal ideia voltaria a ser aplicada por Picasso e Braque. Cézanne inspirou-se na arte dos impressionistas e se centrou na exploração de objectos como conglomerados de formas. Estava mais interessado na visualidade da pintura do que no tema do quadro. O desejo de pintar o mesmo tema é outra das suas características, como as montanhas, laranjas e maçãs. Os efeitos luz e a perspectiva foram também objecto de um estudo metódico, através dos quais se destacava distintas facetas do objecto, que captava utilizando distintos planos de cor e ou mesmo tempo que mostrava diferentes componentes geométricos dos objectos. Ao fracturar a forma dos objectos, procurava mostrar as mudanças que se produziam os objectos segundo a sua posição no espaço. Por estas ideias revolucionárias sobre a técnica pictórica e tratamento temático, as suas influências manifestaram-se na arte dos expressionistas, cubistas, fauvistas e mesmo nos futuristas ….       

 

sábado, agosto 25, 2012

1.8. A Arte gótica na planície ....


Évora o principal centro cultural no Alentejo Medieval


A Igreja Fortaleza da Boa Nova (Terena) uma singularidade das terras de planície ....



A cabeceira da Igreja de São Domingos uma obra prima do gótico mendicante.


A Torre de Menagem do Castelo de Beja  uma característica do castelo gótico.

A consolidação das fronteiras nacionais e uma paz marcada pela fragilidade, marcou os primeiros séculos da nacionalidade portuguesa no sul de Portugal, de tal forma que a cultura e a arte com alguma notoriedade são referenciadas para finais da época de trezentos. De facto, se algumas formas culturais incipientes marcavam a vida das populações no inicio da nacionalidade segundo as fontes locais e considerando que as informações não são consistentes e determinantes para podermos defender uma cultura e uma arte específica nas terras de planície. Porém em finais do do séc. XIV a cidade de Évora, um dos sete centros escolares do país e o único situado a sul do Mondego, com base na existência da sua escola catedral cujo bispado era também o principal financiador da Universidade nos começos do séc. XV. Mas se ensino e a produção literária, marcaram a cultura eborense sabe-se muito pouco do real papel na educação e na produção cultural, das ordens religiosas conventuais como os Franciscanos e os dominicanos, que se radicaram em centros populacionais como Portalegre, Estremoz, Elvas, Vila Viçosa ou Beja. As fontes referem a eloquência dos seus membros com reconhecimento local no âmbito cultural mas a sua actividade surge documentada com mais frequência na vida económica e agrícola desses espaços de civilidade então em desenvolvimento. Mas na arte a realidade é bem diferenciada e eleva-se a cada passo nas longas planícies alentejanas, onde o Gótico irrompe na passagem do sul e em nítido contraste com as construções da época românica a norte do território português. De um modo geral as edificações religiosas seguem o fenómeno que então predominava no Oeste de França mas com uma série de características muito particulares, definidas por igrejas três naves cortadas por transepto saliente, amplo e iluminado por largas janelas maineladas, que se abrem nos dois topos. Com cabeceiras de cinco capelas abobadadas na qual se distingue uma capela-mor, de cinco panos iluminados por esguias frestas, quase sempre coberta de uma abóbada de ogivas ornada de uma cadeia longitudinal e as outras capelas com abóbadas de berço ou quebrado. As fachadas simples e três corpos, em que a principal rasgada por amplas rosáceas era amparada por contrafortes esguios e em que os outros corpos ou são cegos ou iluminados por pequenas frestas. Cujo exemplares, encontramos em São Francisco de Estremoz ou São Domingos de Elvas com a sua capela mor, única e obra prima do gótico mendicante nacional. A par destas arquitecturas voltadas para Deus outras obedeciam às necessidades de defesa como eram os casos de Flor da Rosa ou Boa Nova em Terena, Igrejas fortalezas, definidas por uma nave única, mas era o carácter fortificado destes espaços onde a fachada (s) se definiam como um autêntica torre onde não faltavam os balcões com ameias. O Castelo gótico marcava a arquitectura civil de um modo particular na fronteira com a Extremadura, as muralhas de alvenaria ou de pedra aparelhada, dominada por largos merlões rectangulares e com a torre de menagem no meio de uma das cortinas, junto ao baluarte que defendia a entrada. Nos castelos da raia, Serpa, Mourão, Mértola, Elvas, Niza, Arronches e Monforte, a planta irregular, as muralhas mais espessas e elevada e a robustez das suas torres, denunciam a sua vocação para a defesa da soberania nacional nesta primeira fase de afirmação da arquitectura portuguesa em terras do Alentejo.                            

terça-feira, agosto 21, 2012

Os carros madeirenses de tracção animal .....


O Carro de bois destacou-se como força de tabalho pelo menos desde o século XIX

Como carro de transporte popularizou -se no transporte dos principais produtos da região.
( o acuçar e o vinho) 


Com o desenvolvimento do Turismo Terapêutico o carro de bois é utilizado 
com meio de passeio e lazer, desde  meados do séc.XIX  


Em meados do século passado o carro de bois torna-se uma atração turística ....  

domingo, agosto 19, 2012

A Arte Nouveau ou o modernismo na arquitectura ....





Hector Guimard, Entrada do Metropolitano, Paris, 1899. 


O ferro e o vidro símbolos da industrialização utilizados na Arte Noveau



Victor Horta, Hall central da Casa Van Eetvelde, Bruxelas, 1899



Victor Horta, Escada da Casa Tassel, Bruxelas, 1892 


Antoni Gaudí, Casa Batló, Barcelona, 1890

A Arte Modernista ou Arte Nova difundiu -se mundialmente entre 1890 e 1910. O seu nome deriva de uma loja aberta em Paris em 1895 na qual se vendiam objectos onde se destacava a modernidade da sua estética. Porém a sua designação é variada consoante o país, na Bélgica e na França, o modernismo é conhecido por Art Nouveau, na Alemanha como Jugendstil, na Austria como Sezession, no reino Unido como Liberty e em Espanha como modernismo. A principal particularidade deste estilo era a linha sinuosa, de tipo que caracterizava qualquer objecto: jóias, ornamentos, varandas, vidros e até perfis exteriores de casas. ( Na verdade a estrutura construtiva se identificava com a decoração). A Arte Nova, propriamente dita se iniciou com o Arts and Crafts Movement, nascido no Reino Unido com a intenção de permitir que a arte estivesse ao alcance de todos, mediante uma proveitosa relação entre arte e indústria. Ainda que a Arte Nova se tenha apropriado dos ideais estéticos do movimento britânico, acabou por se distanciar da sua componente social. Mas a arquitectura foi sem dúvida a principal expressão desta nova corrente artística que integrava as restantes artes que se integravam totalmente nela, complementando-se na decoração e no design de interiores, mobiliário e objectos de uso diário. A Arte Nova, desenvolveu-se particularmente em Viena e Bruxelas que se tornaram os principais centros desta manifestação artística, mas também nas cidades de Paris, Barcelona, Glasgow e Munique. Em Viena distinguiu-se Otto Wagner como o seu principal expoente, cuja obra se caracteriza por um estilo sóbrio e nacional. Na Bélgica distinguiu-se Victor Horta que desenhou edifícios que integravam a decoração na sua estrutura. O decorativismo naturalista e a presença de artes complementares como o ferro forjado foram introduzidos pelos percursores desta nova arte em terras belgas, por Victor Horta e Henry Van de Velte. Em Paris a Arte Nova foi sobretudo aplicada em objectos urbanos, como por exemplo, as entradas principais do metro de Paris que acabou por consagrar a obra de Hector Guimard. Na Cataluna, distinguiu-se Antonio Gaudí, criador de uma arquitectura dinâmica e naturalista, que joga profusamente com as linhas curvas e em que as artes aplicadas e a escultura desempenham um papel preponderante. Nas artes complementares, a arte do vitral goza um enorme desenvolvimento durante este período. É utilizado  como decoração de portas e janelas, mas também de candeeiros e outros objectos. Os cartazes foram outra forma de expressão do modernismo, uma vez que a execução dos mesmos pelos pintores modernistas para anunciar a realização de espectáculos contribuíram para que a publicidade estivesse ao serviço da arte.             

sábado, agosto 11, 2012

A biquini mudou a moda de Verão em meados do século XX



O fato banho dominou a moda de Verão até à década de 1940 


A criação do francês Louis Reard  (1946)  - o biquini chegou às praias na década de 1950


A popularização de este traje de duas peças tornou-se evidente na década de 1970 o historiador Olivier Saillard afirmava que o seu sucesso devia-se " ao poder das mulheres e não da moda" 


Nas década de 1980 o biquini estava associado ao bronzeamento 


Segundo a revista ND Group o biquini envolve um negócio de 811 milhões ...!!!

quinta-feira, agosto 09, 2012

1.7. Os caminhos a sul do Tejo após a crise Geral do Séc.XIV




Évora recebeu a Corte Joanina e temporariamente foi a capital do País 


A criação do Bispado de Elvas evidenciava a expansão demográfica das populações raianas


Ao serviço da Coroa a vila de Beja recebeu o reconhecimento régio com a elevação a cidade

Depois da trilogia, guerra, fome e peste, a província do Alentejo avançava com novas perspetivas de desenvolvimento à medida que se caminhava para a nova centúria, como de resto em sucedeu em todo o Ocidente Medieval. De facto, à medida que se avançava para o século XV, um pouco por toda a Europa Ocidental se assistiu a um intenso crescimento económico e populacional. Na vizinha, Extremadura Espanhola esse crescimento excepcional ocorreu em terras de Plasencia ou em Trujillo em que a população em expansão rompe com a cintura muralhada. Em Portugal nas terras do sul, as intervenções de conservação, reforço dos castelos e cercas, durante o séc. XV denunciam duas intenções a defesa e o aumento demográfico das populações acasteladas, a documentação refere essas obras de matriz régia e por iniciativa concelhia em Arronches (1439), Évora (1433), Elvas e Beja (1439); Marvão, Castelo de Vide, Elvas, Alandroal, Terena, Mourão e Mértola (1442) e Serpa (1443).  Mas em terras Entre Tejo e Guadiana, estava então em plena expansão demográfica e apenas as Beiras e Minho ultrapassavam a província do Alentejo que antes de meados do séc. XVI tinha uma população efectiva de 48.604 efectivos. Uma parte dessa colonização ocorria em terras da Coroa, mas também pela acção da Casa de Bragança ou das Ordens militares de Santiago, Avis e Crato. A Casa de Bragança, só por si concentrava cerca de 31. 464 efectivos sendo 6.329 moradores que integravam ao serviço da Casa Ducal, os restantes moradores povoavam terras e termos pertencentes a Elvas, Setúbal, Portalegre, Estremoz, Montemor-o-Novo, Évora e Beja. Évora que desde a reconquista se afirmou como o centro urbano de referência do Sul de Portugal chegou a ser uma alternativa a capital lisboeta, como resultado do surto de pestilência e da fome, que levara a Corte a radicar-se temporariamente entre 1533 -1536 … para o humanista André Resende esta presença régia na cidade eborense era a justificação para um pedido ao monarca para a concessão de uma Feira franca e de um Estudo Geral. E as vilas de Elvas e Beja, numa atitude de fortalecimento da vida regional, tornavam-se cidades por cartas régias de D. Manuel I, no caso da cidade raiana do Distrito de Portalegre que mais cresceu em termos demográficos era elevada a bispado em 1570 recebendo como terras sob jurisdição do seu bispado, Olivença, Campo Maior, Ouguela, que pertenciam à diocese de Ceuta e algumas terras desanexadas do arcebispado de Évora. A nova cidade de Beja surgia como reconhecimento do serviço prestado pelas suas gentes durante as guerras com Castela e nomeadamente a ajuda dada à Coroa em homens, armas e cavalos. Já na segunda metade do séc. XVI, num esforço de reforçar os focos de irradiação para a ocupação do território a sul do território, D. Sebastião procedeu à elevação de Montemor-o-Novo (1567). Na verdade esta intensão já fazia parte na acção da Coroa, D. Manuel I durante o seu reinado já promovera a vila de Montemor-o-Novo ao 4º banco na reunião das Cortes, tal como a vila de Estremoz por reconhecimento do prestigio da sua fidalguia de linhagem.