sexta-feira, outubro 31, 2008


Notícias de História Local - Rádio Elvas - Edição de 30 de Outubro de 2008 - Uma vez mais a Escola e a Rédio partilharam o tempo do programa radiofónico, tendo como convidado o Prof. Eng. Osvaldo Silva, que lecciona a disciplina de Matemática na Escola Secundária de D. Sancho II. Todavia esta presença na Antena da Rádio Elvas, justificou-se no âmbito das grandes transformações que este espaço escolar deverá conhecer no âmbito do plano de restruturação das escolas portuguesas dentro do esforço de modernização que o Governo Central tem promovido na actual legislatura. Na sua intervenção o Prof. Osvaldo Silva, destacou de forma detalhada o plano de obras que o espaço escolar elvense irá conhecer, explicando que algumas àreas serão requalificadas e outras terão uma nova dimensão arquitectónica de raíz. E nesta perspectiva referiu que alguns dos referidos espaços justifica-se na lógica que Escola Secundária definiu para o seu futuro no âmbito da formação profissional e da necessidade de acompanhar os novos tempos em que as novas tecnologias e aproveitamento das fontes enérgicas que não podem ou não devem ser ignoradas . Já no final da sua intervenção o entrevistado referiu que as novos espaços construtivos deverão marcar uma nova perspectiva de gestão e utilização de recursos tendo como finalidade não só a comunidade educatica mas também a sociedade civil envolvente.

quinta-feira, outubro 30, 2008


História Local - Crónicas de Elvas - nº 36- IV Série in Linhas de Elvas , edição de 30 de outubro de 2008 - O tempo da Monarquia esgotava-se na manhâ de 5 de Outubro de 1910, mas só pela tarde , pelas 17.00 em Elvas se davam os primeiros vivas à República, enquanto que José Júlio de Alcântara nos Paços do Concelho hasteava a Portuguesa, iniciava-se assim uma nova era na vida política de Elvas, após um período de prosperidade que marcou quase décadas entre 1860-1880, de tal forma que em Elvas ser republicano não significava ser propriamente contra a Igreja ou contra a Monarquia no seu verdadeiro sentido, mas sobretudo contra o clima de corrupção que marcou o final do regime monárquico em Portugal. É nesse contexto que os primeiros momentos da causa republicana se registam já em plena década do século XX, apesar de alguns escritos de matriz republicana registados em dois periódicos locais a Democracia (1869) e a Democracia Pacífica (1884). Elvas continuava a abraçar a causa monárquica, o Partido Progressista era um dos pilares do Distrito de Portalegre e o movimento militar do 31 de Janeiro de 1891 era observado pelo jornal de maior circulação na cidade de Elvas como um acto reprovável " Repuna-nos o facto de vermos militares utilizarem as armas destinadas à defesa da Pátria em benefício das crenças, pessoas querendo assim impor a força das ideias que julgam preferíveis". Na classe política local, pontificava os vultos de referência do Partido Progressista não faltando algumas figuras que não viam com "bons olhos" a política centralista de João Franco. Todavia a 12 de Março de 1908 era constituída a primeira Comissão Republicana em Elvas, liderada por Júlio de Alcântara Botelho oriundo de uma família da aristocracia elvense, próxima do Partido Regenerador, que acabaria mais tarde quando a I República seguia os caminhos da instabilidade política por defender a política de autoridade e de ordem, proposta pelo Doutor Major Sidónio Pais. Enquanto abraçou a causa republicana dirigiu os destinos da Câmara Municipal de Elvas em 1911 e em 1919, mas a sua vida foi pautada pelo humanismo e solidariedade indiferente aos sistemas políticos, a prova mais evidente foi sem dúvida a sua doação de parte significativa da sua fortuna pessoal ao Albergue Elvense dos Inválidos do Trabalho. Outros nomes então se destacaram recrutados no meio militar, judicial, alfandegário e alguns comerciantes entre as elites republicanas. E entre eles António José Torres de Carvalho, cuja passagem por Coimbra , apesar de não ter concluído o Curso de Direito, tornou-o um dos intelectuais de referência da cidade não só como editor mas também como político, quase sempre de segunda linha. Foi Administrador do Concelho de Elvas em 1911, entre outros cargos. Mas o seu pretígio intelectual era reconhecido por grandes nomes da cultura portuguesa com quem conviveu , Leite de Vasconcelos, Costa Galopim, Pedro Azevedo, Raul Proença, Vírgilio Correia entre outros. Do ponto de vista sociológico, a participação política das classes populares praticamente só se tornaram visíveis nas movimentações populares que ocorreram em 1911 em Santa Eulália, Barbacena, Vila Fernando e Vila Boim, onde a existência de um "verdadeiro proletariado" rural pobre e próximo da miséria explicava essa actuação. A Primeira República duraria pouco mais que um quarto de século, e as elites pensantes eram da opinião que a república não tinha contribuído para o reforço dos poderes locais, a burocracia condicionava a prática política e as realizações no sector das obras públicas estavam reféns de orçamentos pobres e reduzidos e cada vez mais eram aqueles que consideravam que entre a Monarquia Constitucional e a República não havia grandes diferenças e outros pediam sobretudo ordem e progresso, advinhava-se uma nova ordem política. Postado por Arlindo Sena

segunda-feira, outubro 27, 2008

Igreja do Senhor Jesus da Piedade (Elvas)


História Local e Didáctica da História e Cultura das Artes [ 12º ano de escolaridade ] : - Fragmentos da Arte entre o Barroco e Neoclassicismo na cidade de Elvas - Sem dúvida que o espaço arquitectónico mais significativo do Barroco nesta cidade se encontra representado pela Igreja do Senhor Jesus da Piedade edificada a partir de 1753 sob ecomenda do Bispo D.Baltazar de Faria e Vilas-Boas, num espaço onde existiu primitivamente uma pequena capela datada de 1737. Enquadrada num espaço rectangular ajardinado no qual se identifica um monumental chafariz em frente a fachada principal de matriz barroca, cujo acesso é feito por uma espécie de adro murado forrado por uma serie de azulejos neoclássicos nos quais se identificam na sua gramática decorativa vários medalhões e grinaldas. A fachada de duas torres quadradas e posicionadas de forma diagonal á maneira do Barroco Colonial experimentado nomeadamente no Brasil , desenvolve-se a quase toda a altura da fachada central que se apresenta comprimida e rematada por um frontão contracurvado cujo tímpano aplicado no espaço central uma inscrição ao "Snr. Jesu da Piedade. O remate das torres é feito por cúpulas bolbosas que estão edificados sobre os campanários laterais. A decoração simples e limitada à associação entre o janelão central e o frontão redondo do pórtico central que por sua vez na forma e dimensão está em perfeito contraste com o amplo frontão que coroa a fachada central. Todavia o efeito cenográfico na utilização da luz na frontaria se apresenta bem conseguido em função da organização estrutural do frontespecio. De planta rectangular mas de ângulos cortados de forma a favorecer a concepção da centralização da planta é outro aspecto de referência e cujas primeiras experiências se observem no barroco da capital antes da sua utilização nas terras de fronteira do Distrito de Portalegre. No núcleo urbano histórico, destaca-se outro templo de matriz barroco cuja fachada embora mais simples não pode ser ignorado é o caso da Igreja dos Terceiros, na qual persiste a torre primitiva da construção danificada pelo Terramoto de 1755, quadrada de quatro olhais e rematada por uma cúpula bolbosa octagonal da mesma época e o portal axial simples sendo ligeiramente côncavo e ostentando ao lado de uma estrela de oito pontas a inscrição datada de 1761 referente às obras de intervenção após o momento trágico de 1755 . Mas sem dúvida que a talha dourada do melhor que se faz no País nos finais de seiscentos é sem dúvida a referência visual na capela - mor da Igreja do Salvador e nas restantes colaterais marcadas pela profundidade. O mesmo se observa ao longo da nave nas estruturas dos altares que se organizam na nave única que transforma o templo jesuítico numa autêntica igreja salão. Não menos interessante é sem dúvida os púlpitos simétricos de gosto rocaille ou rococó que estão no limite entre o falso transepto e o acesso à nave a partir da Capela - mor. A talha dourada que forra o arco triunfal do referido templo de uma só nave abobada e os diversos painéis entre os quais os que se situam do lado da Epístola já próximos da arte do rococó são outros aspectos a considerar na arte pós-barroca em Elvas. De matriz barroca e em plena transição para o rocaille, identifica-se a última campanha de obras na capela mor da antiga por iniciativa do Bispo D. António de Matos datada de 1734 , que se caracteriza pelo revestimento total em mármore policromo de diversas tipologias da mesma capela e respectivo altar mor do qual se salienta quatro colunas a negra que limitam o retábulo da Assunção à Virgem. Interessante do ponto vista formal é a fachada da igreja joanina de S.Paulo (1711) que associa ao espaço religioso uma dimensão própria de uma casa nobre, de estrutura barroca destacando-se o portal de arco de volta perfeita, ladeado por dois portais com arcos de menor dimensão da mesma tipologia que definem o espaço central cujo primeiro andar é marcado por três belos janelões de sacada de ordem diferenciada. Nas fachadas laterais abren-se dois arcos abatidos com duas janelas correspondentes e que são rematadas por falsas torres . No âmbito da arquitectura civil, o Palácio dos Marqueses de Alegrete apresenta um conjunto de obras com características do rocaille, assim na escadaria predominam a temática da caça enquanto nas várias salas destacam-se uma série de painés cuja temática revela o gosto pelas paisagens marítimas, pelos parques e pela representação da cavalaria. Postado por Arlindo Sena

sábado, outubro 25, 2008

Palácio Nacional de Sintra


Didáctica da Cultura das Artes - Módulo nº 8 - A Cultura da Gare : - Caso Prático - Palácio de Sintra - Mandado edificar, por D. Fernando de Saxo-Coburgo (1818-1885), marido da Rainha D. Maria II, com a função de residência -palácio de Verão ao gosto romântico. Foram ocupantes residentes do palácio as seguintes personalidades da monarquia portuguesa. D. Pedro V e dona Estefânia, reinado de 1853 a 1861; D.Luís e Dona Maria, de 1861-1869, D.Carlos I e Dona Amélia, de 1889 a 1908 e D.Manuel II, no curto período de 1908 a 1910. O local onde foi edificado o actual Palácio da Pena, com espaço construtivo apresenta a primeira referência para o séc. XII onde existia uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Pena (Penedo). Em 1503 , a documentação oficial regista a doação do Mosteiro de Nossa Senhora do Penedo entretanto construído no espaço da antiga capela, por D.Manuel I à Ordem de S. Jerónimo. Contudo a origem do actual palácio situa-se em 1838 quando o referido mosteiro se encontrava já em estado de degradação após o Terramoto de 1755 é adquirido por D. Fernando II mantendo-se esta estrutura na posse da Coroa Portuguesa até 1912, altura em que a República decidiu converter o referido Palácio em Museu. Do ponto de vista arquitectónico este espaço de referência do romantismo nacional apresenta as seguintes características: - Profusão de estilos: neogótico, manuelino, neomourisco e neo-indiano. Neomourisco, nos contrafortes exteriores da edificação e em especial na organização dos arcos e nas coberturas em cúpula. Neogótico, na torre do relógio e manuelino, numa das janelas do palácio que segue o modelo do Convento de Cristo em tomar. Na organização dos elementos decorativos exteriores, destacamos as cúpulas orientalizantes, a porta alegórica da criação do mundo, encimado pelo tritão e a baluarte de forma cilíndrica de grande porte encimada por uma cúpula . Postado por Arlindo Sena.

segunda-feira, outubro 20, 2008


Didáctica da Hitória e Cultura das Artes/ 12º no de escolaridade - Actividade nº2 - Caracteriza o Palácio da Ajuda quanto a planta e fachada :- " O neoclassismo arquitecónico português só se desenvolveu no último quartel do século XVII e nas primeiras décadas do século XIX, embora depois sobrevivesse até à entrada do século XX, sobretudo através da arquitectura pública e estatal. Conheceu duas influencias principais: a italiana, predominante na região lisboeta e chegada através dos bolseiros em Roma e de artistas italianos que residiram e trabalham no país; e a inglesa, neopaladiana, predominante no Porto, e trazida directamente da Inglaterra por intermédio da numerosa colónia britânica residente nessa cidade e ligada ao comércio do Vinho do Porto. Por esta razão, Porto foi o primeiro centro da arqutectura neoclássica portuguesa. Dos edifícios exemplificativos [...] a Feitoria Inglesa, obra ecomendada e projectda por Whitehead, (...) a igreja da Ordem Terceira de S. Francisco, de António Miranda, considerada a mais harmoniosa e equilibrada da onstruções religiosas, mesmo quando comparada com as de Lisboa, do memo período, o Palácio de Carrancas, hoje Museu Nacioal de Soares dos Reis, da autoria de Joaquim Costa Lima, que também projectou o Palácio da Bolsa, ecomendado pela Associação de Comerciantes da cidade. Notáveis, também, as obras potuenses de Carlos Amarante, o maior arquitecto neoclássico do Norte: a Igrja da Ordemda Trindade e a Academia Real da Marinha e Ciências, hoje Faculdade de Ciências do Porto. (...). Em Lisboa, onde o neoclacissismo foi mais tardio, devido ao clima cultural da corte e à influência da "escola" de Mafra, ainda tardo-barroca e rococó, destaca-se sobretudo a obra de dois arquitectos: o português José Costa da Siva e o italiano Francisco Xavier Fabri . Costa e Silva e Xavier Fabri riscaram a maior obra neoclássica da capital, o Palácio da Ajuda (1795-1860), destinado a moradia real e projectado para ser grandioso, mas nunca chegou a ficar completo, fundamentalmente por falta de verbas. Na capital, são ainda de mencionar os seguintes edifícios : o Teatro Nacional de D. Maria II, obra do italiano Fortunato Lodi, em 1842-46; e a Assembleia da República, ex-convento de S. Bento da Saúde, remodelado por Ventura da Terra, já na primeira década do século XX". Postado por Arlindo Sena.

domingo, outubro 19, 2008

Notícias com História - Numa organização em conjunto entre o Gabinete Europe Direct, Câmara Municipal de Elvas e a Turma I do 11ºano de escolaridade da Escola Secundária de Elvas, foi organizada uma recepção, coordenada pelas professoras Fátima Vivas e Odete Alves a um grupo de estudantes de Andújar (Salamanca), na qual se concretizaram um conjunto de várias actividades: Uma visita de estudo centrada no património e na história de Elvas, tendo como suporte de observação e comentário os principais espaços arquitectónicos dos períodos medieval e moderno. Um passeio de intercâmbio social e cultural entre estudantes portugueses e espanhóis. E uma visita guiada ao Museu de Arte Contemporânea que de resto foi muito apreciada pelos visitantes a esta cidade e à Escola Secundária de Elvas dinamizadora das actividades referidas no presente Blog. Finalmente de referir que o C artaz- Programa é da autoria do aluno do 11ºAno, Turma I, José Pimenta. Postado por Arlindo Sena.

sábado, outubro 18, 2008

A Arte Romana

A Arte Romana - Apresentação do Módulo nº 2 - A Arte Romana - A origem da Arte Romana encontram-se na Civilização Etrusca que evolui no centro-norte da Península Itálica entre o séc. XVII aC e o IC. O templo estrusco é sem dúvida um dos espaços arquitectónicos de referência na Arte Romana, erigia-se sobre uma plataforma elevada ou pódio. Apresentava uma planta rectangular consituída por duas partes fundamentais: uma entrada com pórtico, com duas fiadas de quatro colunas cada, e coroada por um frontão triangular e uma cella dividida em três zonas, sendo a central mais ampla. Estas três zonas, sendo a central mais ampla. Estas três zonas eram destinadas a acolher as divindades da tríade etrusca. O santuário tinha uma cobertura de duas àguas, revestido com placas de terracota (acrotério e antefixos) nos ângulos dos frontões. O templo Romano, nestas circunstâncias é o resultado das influências etruscas e grega. O templo romano ergue-se sobre um pódio elevado, a que se acede através de uma escadaria na fachada. As colunas isoladas só existem no alçado frontal , no resto do edifício estão adossadas à parede. embora seja mais habitual a planta rectangular, foram igualmente construídos templos circulares, como os dedicados à deusa Vesta. Outros espaços de referência da arquitectura romana, a Basílica era um local de reunião ou um tribunal onde os cidadãos expunham as suas questões judiciais. Originalmente, era uma enorme sala de planta rectangular dividida em três naves por fiadas de colunas e, por vezes rematada poruma abside. Mais tarde foi adaptada pelos cristãos como templo para a celebração das suas cerimónias. Na área da edificação do lazer e diversão, destaca-se o teatro romano, a orquestra e a bancada estão reduzidos a um espaço semicircular e na boca de cena destaca-se um conjunto de construções que a integram. O anfiteatro, local onde se efectuavam as lutas de gladiadores, é um edifício de planta elíptica. A bancada dispõe-se em volta da arena e por baixo situam-se as jaulas onde se encontravam as feras, as zonas de treino dos lutadores e outras dependências. O circo, ou local destinado às corridas de carros, apresenta uma planta rectangular com os extremos arrendondados. a pista ou arena, dividida longitudinalmente pela spina, tem bancadas em degraus a toda a volta. A escultura, os escultores romanos utilizaram o bronze e o m ármore para criarem grandes retratos. A sua origem está, sem dúvida, nas máscaras funerárias, em cera, que com o tempo foram sustituídas por buspos esculpidos. Os escultores não só retratavam os seus modelos o mais fielmente possível como reproduziam igualmente os respectivos toucados, tendo modificado o seu estilo segundo os cânones de beleza da época. O relevo evolui segundo dois "tipos" , de carácter público e de carácter narrativo, sendo a história utilizada como objectivo de enaltecer a figura do Imperador e de carácter privado, que se refere principalmente ao contexto funerária. A pintura, encontra o seu auge nos estilos pompeianos, datados do século II d.C., e revela uma notória influência grega. O seu traço mais característico é a imitação de pedestais, lajes de mármore e colunas. O segundo estilo inclui elementos arquitectónicos pintados, como se as paredes se abrissem para o exterior na tentiva de criação de uma sensação de profundidade e perspectiva. O terceiro estilo abandona a fase a falsa perspectiva, tentando recriar arquitecturas e espaços ilusórios e impossíveis. A ornamentação desempenha um papel preponderante. O quarto estilo corresponde à fase final da vida de Pompeia e Herculano e conjuga dos estilos anteriores, denotando uma clara tendetência para o barroquismo e exagero. O respectivo módulo - apresenta como indicadores de História e Cultura das Artes: - O século IaC/ IdC . , Roma; O romano Octávio; O Senado; O Incêndio de Roma; a Língua Latin; O Ócio ; a Coluna de Trajano e os Frescos de Pompeia. Postado por Arlindo Sena.

sexta-feira, outubro 10, 2008




Notícias com história - Na segunda edição , do programa radiofónico " MEMÓRIAS DE ELVAS" e primeira referente à rubrica VAMOS À ESCOLA , a produção do referido programa convidou para sua entrevistada a Drª Mestre, Fátima Pinto, licenciada em Biologia e Mestre em Oceanografia pela Universidade de Coimbra, na qualidade de Directora da Escola Secundária D.Sancho II de Elvas, que reflectiu de forma breve e objectiva das prioridades da referida instituição. Nesta perspectiva, a referida académica entre as várias reflexões que marcou a sua intervenção destacamos: - "A importância da Escola na formação dos jovens elvenses em dois planos distintos, um centrado na formação escolar com vista à continuidade de estudos e uma outra onde a dimensão profissional constitui a grande prioridade. Nesse âmbito a Drª Fátima Pinto, recordou que esta última dimensão não é mais que a recuperação de uma tradição que marcou durante várias décadas a formação académica de várias gerações. Destacou ainda a importância da Escola na formação integral dos jovens e a sua participação e dinamização de vários Projectos que pelo seu alcance acabam por ser um elo de ligação com a comunidade escolar". Em síntese podemos afirmar que a entrevistada apresentou como prioridade da equipa que lidera: a organização escolar e a sua dinâmica, exigência e a qualidade no processo de ensino-aprendizagem, a formação integral dos jovens e a pareceria com a comunidade elvense são sem dúvida três dos grandes objectivos que a Directora da Escola Secundária de Elvas e a sua equipa pretendem atingir num período em que a Escola Pública constitui um desafio à comunidade educativa.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Um vulto da Primeira República.

História Local - Biografia: - Júlio Botelho de Alcântara (1882-1930) - Foi sem dúvida um dos maiores vultos da Primeira República em Elvas, o primeiro cidadão elvense que hasteou a bandeira da República na actual Casa da Cultura, então sede da Câmara Municipal de Elvas no longíquo 5 de Outubro de 1910. Nascido numa família aristocrática da cidade e com reconhecimento político na vida distrital, uma vez que se tratava do bisneto do Visconde de Alcântara, líder do Partido Regenerador durante a Monarquia Constituicional e deputado às Cortes nos anos de 1864, 1865 e 1871, antes de ser nomeado Governador do Distrito em 1871. A sua participação na vida pública foi efémera e limitada a pouco mais de meia dúzia de anos e referenciada pela primeira vez em vésperas da queda da Monarquia uma vez que foi um dos líderes da Comissão Municipal de Elvas do Partido Republicano fundada em 1909. Nos anos seguintes (1910-1911), assumia a liderança da Comissão Republicana e o cargo de Administrador do concelho de Elvas ao mesmo tempo que assumia a direcção da Loja maçónica da Emancipação. Pouco tempo depois ocupava cargos e funções de referência em instituições como o Sindicato Agrícola de Elvas ou a Sociedade Oleícola Elvense que reunia na sua direcção um conjunto de grandes proprietários rurais tal como Júlio de Alcântara. Em ruptura com o Partido Republicano Português surge como candidato do Partido Evolucionista em 1916 num período em que os ideais republicanos afastavam algumas personalidades locais da causa republicana, a desordem e a instabilidade política determinou o apoio do referido grupo aos ideais de Ordem e Progresso, proposta pelo Doutor Major Sidónio Pais. Apesar do apoio incondicional ao chamado Presidente-Rei, volta às lides políticas e éleito Presidente da Câmara Municipal em 1919. Retirado da vida política mas não totalmente indiferente à nova ordem, continua contudo ligado aos valores humanitários deixando parte da sua fortuna agrária à fundação do Albergue Elvense dos Inválidos do Trabalho, sem dúvida uma das mais notáveis instituições de solidariedade que caminha em direcção ao seu Centenário. Postado por Arlindo Sena.