segunda-feira, novembro 29, 2010

Os dias da História - 30 de Novembro de 1508, nasce Andrea Paladio.



Igreja de San Giorgio Maggiore


Villa Foscari


Villa  Rotonda


Andrea Palladio, nasce em Pádua a 30 de Novembro de 1508, transferindo-se muito cedo para Vicenza, onde trabalhou como cinzelador. A alcunha pelo qual ficou conhecido nos meios artísticos foi-lhe atribuído por Giorgio Trissino que lhe  encomendou a construção da sua vila de Circoli e que o introduziu posteriormente  nos círculos culturais e humanísticas de Veneza e nesse âmbito foi um dos responsáveis pela sua formação que o tornaria um dos mais cultos arquitectos do Renascimento. Aliás, as viagens que Andrea realizou a Roma por volta de ano de 1540, com a finalidade de estudar directamente os monumentos antigos foram sempre acompanhadas pelo seu mentor. Em 1549, o Conselho de Vicenza atribui-lhe a reconstrução do Palácio da Razão no qual Paladio reinterpretou em termos clássicos o conceito de basílica que caracteriza a referida construção. Esta obranotável do ponto vista arquitectónico, consagra-o junto da aristocracia de Veneza, para a qual trabalhou durante largo tempo, na planificação das suas villas rústicas, entre elas destacam-se a vila Capria mas conhecida por La Retonda, a vila Corsaro, e a Emo, são entre outras as suas obras de referência em torno deste tipo de arquitectura civil, da aristocracia veneziana. Após a morte Giorgio Trissino, encontra em Daniele Barbaro o seu protector para quem realizou um conjunto de ilustrações que se tornaram conhecidas com a publicação e edição da obra “De Architettura de Vitrúvio e realizou a vila de Maser, mais conhecida como Barbaro. Na segunda metade do século XVI torna-se o arquitecto veneziano de referência e nesse contexto foram-lhe confiadas numerosas obras entre as quais a Igreja de São Jorge Maggiore, iniciada em 1566. Em 1570, publica o tratado “Quattro Libri di Architetura”que se centrava nos fundamentos teóricos do seu trabalho, na fase final da sua vida profissional destacam-se duas obras de referência a Igreja do Redendor a partir de 1577 e o Teatro Olímpico que seria inaugurado após a sua morte em Turim em 1568,  com uma peça teatral realizada por Vicenzo Scamozzi em 1585.                  

terça-feira, novembro 23, 2010

Os dias da História - 24 Novembro de 2010 - Nasce o pintor pós-impressionista, Henri de Toulose- Lautrec

Moulin Rouge, 1891, Cartaz litográfico, 1.91x1.71 m

No Salão da Rue des Moulins, Pastel sobre papel, 1.11x1.32 m.


A Toilette  ( Musée d´Orsay, Paris).


Yvette a Saudar o Público, Musée d´Orsay, Paris.

Em 24 de Novembro de 1864, nasce Henri de Toulose-Lautrec, pintor pós-impressionista , que retratou com mestria a vida boémia nocturna de Paris em finais da época oitocentista. Oriundo de uma família aristocrática, começou a desenhar com quatro anos, mostrando uma precoce predisposição para a arte. A sua formação académica adquiriu em Paris, junto dos  pintores. Bonnat e Cormon, revelando desde logo o interesse pela pintura impressionista nomeadamente de Edgar Degas e de Vicent Van Gogh de quem se torna amigo. Nos finais do século XIX, é referenciado como um assíduo participante da boémia parisiense um frequentador habitual do famoso, Mouli-.Rouge aberto em 1889. A sua temática pictórica, centra-se na noite da cidade da luz e nesse âmbito as salas de baile, as casas de prostitutas e os teatros, foram sem dúvida os seus objectos de representação.  O interesse de Toulose-Latrec, pela arte japonesa é outro aspecto marcante na sua obra, nomeadamente nas suas affiches, caracterizadas por uma forte estilização e por uma pincelada a um contorno linear e incisivo, que revela já uma aproximação aos cânones artísticos à Arte Nova.     

domingo, novembro 21, 2010

Os dias da História - 22 de Novembro de 1859, publicava-se a obra " A origem das espécies"


A 22 de Novembro de 1859, foi publicada a primeira edição da obra “A origem das espécies” de Carles Darwin, por Jonh Murray. A tiragem inicial de 1250 cópias, se esgotou rapidamente e uma segunda edição saiu à luz seis semanas depois. Esta obra que admitia que o homem era descendente dos macacos e que todas as espécies estavam relacionadas com uma única árvore genealógica, a árvore da vida, tornou-se polémica e contestada pelos sectores mais conservadores da sociedade da época não impediu que o cientista que revolucionou o processo de criação da natureza fosse sepultado em 19 de Abril de 1882 na abadia de Westminster. A obra marcava então uma nova era não só no pensamento científico, mas também no âmbito do pensamento humano, acabando por ter consequências não só no estudo da biologia, mas também na ciência, na filosofia e em toda a vida humana. O homem, as suas origens e a sua natureza, as suas esperanças e os seus ideais, eram aspectos que para a época contemporânea tem um significado bem diferente da sociedade oitocentista onde toda a sociedade girava em torno das divindades independentemente do processo de laicização que estava em movimento desde a Revolução Francesa (1789).           

Os dias da história - 21 de Novembro de 1995- Os acordos de Dayton.



A 21 de Novembro de 1995, finaliza a Conferência de Dayton, que havia começado no primeiro dia do mês. Os acordos de Dayton puseram fim à guerra dos Balcãs, depois de numerosas tentativas com o fim de se resolver o conflito de Bósnia-Herzegovina. Segundo este acordo, a Bósnia-Herzegovina passava a ser um estado soberano internacionalmente reconhecido, ainda que dividida em duas partes: a federação muçulmana e a república sérvio bósnia. Um exército de interposição por um contingente internacional sob controlo dos capacetes azuis (Nações Unidas) estacionada na Bósnia e controlaria o cumprimento dos termos do acordo.  

quarta-feira, novembro 10, 2010

Os dias da história - 11 de Novembro de 1918 - O feliz armistício.



Em 11 de Novembro de 1918, após quatro anos de calvário, finalizava uma guerra que provocou milhões de mortos sem sentido e cuja dramaticidade levou a que muitos acreditassem que algo assim jamais poderia acontecer. Ao terminar a Primeira Guerra Mundial desapareciam da face terrestre, vários impérios europeus e nasceram novos países, mas não só teve consequências políticas, mas também sociais e tecnológicas. Muitos sentiram que a guerra, tal como se havia desenvolvido durante o período de 1914-1918, a mais terrível das invenções humanas até que pela primeira vez o cenário da guerra, atravessava a vida das cidades e dos homens, deixava de ser uma guerra de guerreiros mas uma tragédia humana que invadira vida quotidiana. Uma das consequências libertadores da Guerra de 1914-1918, foi sem dúvida o novo estatuto das mulheres que saíram dos seus lares, das suas casas e asseguraram a regularidade da vida urbana e rural que até então era um monopólio dos homens….era o inicio do reconhecimento do novo estatuto das mulheres que a breve trecho, ganhavam direitos como o de voto e partir de então a suas ascensão tem sido notável e indiscutível, hoje numa sociedade globalizada, á procura de rumo….            

terça-feira, novembro 09, 2010

Os dias e as suas histórias - Papa Paulo III



10 de Novembro de 1549, morre o Papa Paulo III, cujo pontificado ficou marcado pela introdução da Inquisição em Itália, pela criação de Index  Liberum Prohibitarum ( a lista dos livros proibidos), a aprovação papal da Companhia de Jesuas e o começo da Contra-Reforma Católica.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Os dias e as suas histórias - Jonh Fitzegerald Kenned era eleito presidente dos Estados Unidos





A 8 de Novembro de 1960, os norte americanos saíam a rua eufóricos, com a vitória eleitoral de John Frigerald Kennedy, sobre Richard Nixon. Um novo período de prosperidade e afirmação dos Estados Unidos como superpotência e líder do bloco Ocidental se iniciava e iria continuar para além do desaparecimento J.F.K. no atentado de Dalllas em 1963, pelos  até finais do séc. XX    

domingo, novembro 07, 2010

Os dias e as suas histórias - A obra de Antonio Gaudí



7 de Novembro de 2010, o Papa Bento  XVI consagrou a obra inacabada de Antonio Gaudí, a Igreja d Sagrada Família que passou à categoria de Basílica. Antonio Gaudí, natural de Reus (1852), viveu toda a sua vida em Barcelona onde viria a falecer em 1928.O arquitecto espanhol próximo do modernismo catalão que propôs o regresso às formas medievais, construiu as suas primeiras obras (1878-1880), Casa Vicens; 1885- 1889, Palácio Güell; 1889-1894, o Colégio de Santa Teres de Jesus, num estilo ecléctico. Nas obras da maturidade (todas realizadas, como as anteriores, em Barcelona) Gaudí elabora uma linguagem absolutamente pessoal. São de recordar o parque Güell (1900-1914), a Casa Batló (1905-1907). A Sagrada Família, a igreja na qual Gaudi, trabalhou desde 18882 e ainda hoje inacabada, nasce de um esquema gótico preexistente, revolucionando por uma série de invenções decorativas e, sobretudo, estruturais.      

sexta-feira, novembro 05, 2010

Os dias e as suas histórias - O achado do túmulo de Tutankhamon




Domingo, 5 de Novembro de 1922, o arqueólogo britânico, Howard Carter quando trabalhava no Vale dos Reis, sob direcção das ordens de Lord Carnarvon, descobre a famosa câmara funerária onde se encontrava depositado praticamente intacto, o Faraó do Antigo Egipto, Tutankhamon, que faleceu em plena adolescência. Era filho de Ahennaton a quem se atribuiu o culto a Anton, Deus Sol. A sua biografia conhecida, refere que terá assumido ao trono aos doze anos, tendo restaurado os antigos cultos aos deuses e privilégios do Clero. Morreu em 1234 aC., aos dezanove anos sem herdeiros o que levou alguns egiptólogos a atribuir a sua morte a causas hereditárias, entre eles Zahi Hawass, Secretário Geral do Conselho de Antiguidades do Egipto. O seu sumptuoso túmulo, aberto em 1922, foi simultaneamente importante pelo conjunto de peças que continha em ouro, tecidos, mobílias e armas, para uma vida após a morte e pelos textos sagrados que revelaram a vida e história do Egipto durante cerca de 3.400 anos.        

segunda-feira, novembro 01, 2010

Os dias e as suas histórias




Em 2 de Novembro de 1921, Margaret Louise Higgins Sanger (1879-1966), activista norte americana, funda a Liga Americana para o controlo da Natalidade. Num contexto em que tal atitude se justificava como forma de evitar o nascimento de crianças com doenças hereditárias graves. A sua militância em torno do controlo da natalidade passava também por uma política de controlo à imigração numa época em que a revolução dos transportes tinha aproximado o Velho Continente do Novo Mundo, em 1932 propôs ao Congresso norte-americano a criação de um Departamento que tivesse como finalidade objectiva a proibição da entrada de certos estrangeiros cuja condição fosse prejudicial à sanidade da raça, enumerando na obra “A Plan For Peace”, "... os indivíduos considerados como retardados mentais, disléxicos, idiotas, loucos, lentos, portadores de sífilis, epilépticos, criminosos, prostitutas profissionais e outras classes que eram limitados pela lei da imigração de 1924". Admitiu ainda o direito ao aborto como forma de evitar o nascimento de crianças mal formadas geneticamente, de resto as suas posições mereceram a sua detenção por várias vezes pelas autoridades do seu País. A pobreza a ignorância era outra das questões que considerava como sendo responsável pela pobreza das raças e argumentava que “Só há uma cura para ambas e que é de parar de trazer ao mundo filhos cujos pais não podem sustentá-los”. Apesar de ser considerada uma das principais activistas do controlo de natalidade do século XX a sua figura ficará ligada para sempre às ideias e práticas, de eugenismo e racismo, que marcariam as práticas das opções totalitárias nos anos trinta no Ocidente de forma trágica para milhões de seres humanos.            

6.1 - A Época da Modernidade - Uma conjuntura de paz e de afirmação do Cosmopolitismo de uma cidade de fronteira.



A Catedral de Elvas foi o barómetro histórico da ascensão e queda de uma cidade cosmpolita

O areal de Cabo verde foi parte de chegada dos mercadores e dos nobres como Fernando Mesquita

Minas Gerais - terra brasileira tão portuguesa, como a colónia de Elvenses que por lá passou 

A conjuntura política da Modernidade no município de Elvas  foi caracterizada por um período de paz e desenvolvimento económico até aos finais do século XVI, seguindo-se um longo período de guerra e prevenção que se mantém até ao fim da época Moderna. De facto, durante desde a época Manuelina, que a cidade que então tal como Beja e Évora, era um centro de recrutamento de “gentes” de todos os estratos sociais para os espaços coloniais, mantendo essa virtualidade num espaço geográfico da expansão marítimo e terrestre agora alargado com a União Ibérica, permitindo o desenvolvimento da actividade mercantil no âmbito regional, mas também internacional, os mercadores da monarquia dual marcavam presença em todas as principais praças comerciais europeias. No âmbito da arte marear alguns elvenses, eram conhecidos, como Álvaro Fernandes, oriundo de uma família de mercadores no início do séc. XVI, era um conhecido capitão da carreira da índia e a documentação dos pilotos náuticos da Coroa refere mais cinco navegadores de Elvas e cerca de oito escudeiros nas carreiras da Índia, onde o número de estrangeiros na sua maioria castelhanos seguia nas frotas a caminho do Oriente. O número de moradores de fogos crescia em terras de fronteira e a recente cidade de Elvas, quando comemora o seu primeiro século, apresentava-se com o núcleo urbano que mais cresce no Sul de Portugal, com cerca de 1.916 novos habitantes e mais 2.354 moradores que ocupavam as terras do termo de Elvas, uma parte dos novos habitantes estavam vinculados à Casa de Bragança. Na análise e comparação entre as zonas urbana e rural das principais cidades em expansão demográfica, era visível um certo equilíbrio em Lisboa, Elvas, Portalegre, Setúbal e Aveiro e a predominância do campo sobre a povoação mais evidente em Santarém, Porto, Coimbra, Braga e Évora, mas considerando o cadastro populacional Elvas chegava aos 17.080 habitantes e por volta de 1578, só a capital com 71.300 habitantes, Porto com 53.448, Guimarães com 25.452, Coimbra com 23.596 e Évora com mais 562 almas destacava-se na frente da cidade Elvense a única que não se destacava por uma aristocracia de sangue mas por uma nobreza de armas ou funcionalista. Elvas estando localizada na mais importante linha do comércio terrestre internacional, foi um ponto de encontro para as vagas de migrações e imigrações que cruzaram a cidade, mas as saídas e entradas de efectivos populacionais foram sempre favoráveis ao crescimento gradual do seu efectivo populacional, os elvenses partiam para o Império para as cidades fortalezas da Guiné, Cabo Verde, São Tomé, Angola, Índia, Brasil, Perú e Colômbia e as grandes famílias da aristocracia de sangue estiveram nos grandes momentos da história de Portugal, D. Pedro Mesquita Pimentel, acompanhou D. Sebastião na Conquista de Alcácer Quibir e seria feito prisioneiro nesse acontecimento trágico para as hostes nacionais. Mas, outros elvenses foram mais felizes como um seu aparentado, D. Fernando Mesquita que estendeu os seus negócios ao arquipélago de Cabo Verde tornou-se Governador daquele espaço colonial. Os Gomes, os Fernandes e os Mendes triunfavam no mercado internacional e os livros paroquiais demonstram que os novos moradores, vêm de uma região vasta desde o Minho ao Mondego, os mouros, os escravos e os judeus, são outras comunidades que tornaram, Elvas em finais do século XVI uma cidade cosmopolita. De realçar ainda que a sua diocese era das maiores do País e a única que se estendia por terras de além-mar, já que na sua composição administrativa integrava alguns territórios de Olivença, Campo Maior,  Ouguela e Ceuta. A integração de Ceuta no bispado de Elvas, fez-se por acaso e após a morte do monarca de D. Manuel que face ao crescimento da Vila de Olivença onde residiam os primazes de África, mandou proceder ao arranjo das muralhas e das portas da vila fronteiriça, tal facto não se verificou passando o área eclesiástica de Ceuta para a diocese de Elvas e os arrabaldes de São Pedro, São Bartomoleu e São Brás  que não estavam limitadas pela cerca, a pertenceram à diocese de Elvas. O desenvolvimento de novos sectores manufactureiros é outra realidade nova, na cidade ibérica da raia, de pequeno e de largo trato comercial, trata-se do desenvolvimento da armaria, uma actividade que se limitava a Lisboa, Évora, Porto, Santarém e Barcarena. Mas a riqueza agrícola era notável e os olivais era uma imagem de “marca” que passava no registo dos viajantes, D. António Caetano Veloso, exprimia o que observava: “Aqui nesta cidade valeu o arrátel de carne a XXIII reis e do porco a XXXII e os cabritos a cinquenta reis e as perdizes a vinte reis, a cevada a XVI réis o alqueire, o vinho novo a oito réis e o velho a vinte, pão que fartaria um homem, por três reis”.  Mas a abundância e a liberdade de circulação de pessoas e produtos, entre as terras de fronteira, livres dos tributos fiscais era ampliada com a União Ibérica e só nas décadas de 1620 e 1630, que essa isenção de tributos fiscais foram questionados e motivo  de reflexão da classe dirigente do Império Luso-Espanhol.            

Os dias e as suas histórias - A inauguração da Capela Cistina




A 1 de Novembro de 1512, o Papa Júlio II inaugurava com Missa Solene a Capela Sistina, cuja abóbada fora pintada por Miguel Angelo sendo hoje considerada como uma das obras mais completas da História da Arte.