Eugéne Atget, Prostituta, 1921, - 23.2X17.4 cm.
André Kertész,Champ Elysées, 1930 - 24.5x18 cm.
André Kertész, entre a fotografia e a arte propriamente dita.
Brassai, Amor de Marinheiros, 1933 - 29.3x22.8 cm
Henri Cartier Bresson, Sringar, Casemira,1948,27.3x39.9 cm.
Robert Doisneau, A noiva de Cégéne, 1948 - 30.5 x 23.9 cm.
A fotografia contemporânea confunde-se com os trabalhos de Eugéne Atget (n.1856) , que tinha como objecto o registo das facetas da cidade da luz, que não mereceram numa primeira fase um olhar artístico sobre a riqueza dos mesmos. Na verdade, a sua inspiração pelos recantos instantâneos do meio ambiente estavam em contraste com os trabalhos inerentes da imaginação, que versavam as obras de Braque, Picasso, Duchamp ou Man Ray. A sua obra reflecte uma intensidade subtil e uma perfeição técnica que acentuam a realidade, até mesmos nos registos mais banais. De resto são poucos os fotógrafos que igualaram a sua capacidade de criar composições simultaneamente bi e tridimensais. Entre os seus seguidores directos e que constituem a chamada “Escola de Paris”, destaca-se André Kertéz (n.1894), cujos registos, destacam-se pelo isolamento central da figura central relativamente à composição apresentada. Brassai (n.1889) , tal como Kertéz não era francês por naturalidade mas por adopção, nascido na Transilvânia, voltou aos cenários parisienses, fotografando os costumes e os ambientes e de uma forma particular os ambientes boémios. Cartier Bresson (n.1908), considerado o primeiro fotojornalistas por alguns críticos foi sobretudo um artista do ponto vista dos seus objectivos e da sua técnica. A sua obra reflecte a influência da arte abstracta moderna. O Futurismo e a ironia do Dadaísmo, numa palavra o movimento está latente no registo das suas composições, que o distingue dos restantes seguidores da Escola de Paris, tal como a fronteira do seu registo que se alarga definitivamente ao espaço universal. Sem a notoriedade de Cartier Bresson, destaca-se Robert Doisseau (n.1864) como o fotógrafo mais próximo do ”fotógrafo-artista”, não pela técnica, nem pelo movimento mas pela clareza de registar como nenhum outro o acaso das fraquezas humanas tratadas com grande humor. Robert Doisneau, era um fotógrafo autodidacta que registava as suas imagens durante os seus passeios pelas ruas de Paris. O que tornou Doisneau famoso foi a sua "fotografia de rua", em inúmeros instantâneos, documentou com humor e empatia a vida dos subúrdios de Paris.