Hector Guimard, Entrada do Metropolitano, Paris, 1899.
O ferro e o vidro símbolos da industrialização utilizados na Arte Noveau
Victor Horta, Hall central da Casa Van Eetvelde, Bruxelas, 1899
Victor Horta, Escada da Casa Tassel, Bruxelas, 1892
Antoni Gaudí, Casa Batló, Barcelona, 1890
A Arte Modernista ou Arte Nova difundiu
-se mundialmente entre 1890 e 1910. O seu nome deriva de uma loja aberta em
Paris em 1895 na qual se vendiam objectos onde se destacava a modernidade da
sua estética. Porém a sua designação é variada consoante o país, na Bélgica e
na França, o modernismo é conhecido por Art Nouveau, na Alemanha como
Jugendstil, na Austria como Sezession, no reino Unido como Liberty e em Espanha
como modernismo. A principal particularidade deste estilo era a linha sinuosa,
de tipo que caracterizava qualquer objecto: jóias, ornamentos, varandas, vidros
e até perfis exteriores de casas. ( Na verdade a estrutura construtiva se
identificava com a decoração). A Arte Nova, propriamente dita se iniciou com o
Arts and Crafts Movement, nascido no Reino Unido com a intenção de permitir que
a arte estivesse ao alcance de todos, mediante uma proveitosa relação entre
arte e indústria. Ainda que a Arte Nova se tenha apropriado dos ideais
estéticos do movimento britânico, acabou por se distanciar da sua componente
social. Mas a arquitectura foi sem dúvida a principal expressão desta nova
corrente artística que integrava as restantes artes que se integravam
totalmente nela, complementando-se na decoração e no design de interiores,
mobiliário e objectos de uso diário. A Arte Nova, desenvolveu-se
particularmente em Viena e Bruxelas que se tornaram os principais centros desta
manifestação artística, mas também nas cidades de Paris, Barcelona, Glasgow e
Munique. Em Viena distinguiu-se Otto Wagner como o seu principal expoente, cuja
obra se caracteriza por um estilo sóbrio e nacional. Na Bélgica distinguiu-se
Victor Horta que desenhou edifícios que integravam a decoração na sua
estrutura. O decorativismo naturalista e a presença de artes complementares
como o ferro forjado foram introduzidos pelos percursores desta nova arte em
terras belgas, por Victor Horta e Henry Van de Velte. Em Paris a Arte Nova foi
sobretudo aplicada em objectos urbanos, como por exemplo, as entradas
principais do metro de Paris que acabou por consagrar a obra de Hector Guimard.
Na Cataluna, distinguiu-se Antonio Gaudí, criador de uma arquitectura dinâmica
e naturalista, que joga profusamente com as linhas curvas e em que as artes
aplicadas e a escultura desempenham um papel preponderante. Nas artes complementares,
a arte do vitral goza um enorme desenvolvimento durante este período. É
utilizado como decoração de portas e
janelas, mas também de candeeiros e outros objectos. Os cartazes foram outra
forma de expressão do modernismo, uma vez que a execução dos mesmos pelos
pintores modernistas para anunciar a realização de espectáculos contribuíram
para que a publicidade estivesse ao serviço da arte.