domingo, agosto 19, 2012

A Arte Nouveau ou o modernismo na arquitectura ....





Hector Guimard, Entrada do Metropolitano, Paris, 1899. 


O ferro e o vidro símbolos da industrialização utilizados na Arte Noveau



Victor Horta, Hall central da Casa Van Eetvelde, Bruxelas, 1899



Victor Horta, Escada da Casa Tassel, Bruxelas, 1892 


Antoni Gaudí, Casa Batló, Barcelona, 1890

A Arte Modernista ou Arte Nova difundiu -se mundialmente entre 1890 e 1910. O seu nome deriva de uma loja aberta em Paris em 1895 na qual se vendiam objectos onde se destacava a modernidade da sua estética. Porém a sua designação é variada consoante o país, na Bélgica e na França, o modernismo é conhecido por Art Nouveau, na Alemanha como Jugendstil, na Austria como Sezession, no reino Unido como Liberty e em Espanha como modernismo. A principal particularidade deste estilo era a linha sinuosa, de tipo que caracterizava qualquer objecto: jóias, ornamentos, varandas, vidros e até perfis exteriores de casas. ( Na verdade a estrutura construtiva se identificava com a decoração). A Arte Nova, propriamente dita se iniciou com o Arts and Crafts Movement, nascido no Reino Unido com a intenção de permitir que a arte estivesse ao alcance de todos, mediante uma proveitosa relação entre arte e indústria. Ainda que a Arte Nova se tenha apropriado dos ideais estéticos do movimento britânico, acabou por se distanciar da sua componente social. Mas a arquitectura foi sem dúvida a principal expressão desta nova corrente artística que integrava as restantes artes que se integravam totalmente nela, complementando-se na decoração e no design de interiores, mobiliário e objectos de uso diário. A Arte Nova, desenvolveu-se particularmente em Viena e Bruxelas que se tornaram os principais centros desta manifestação artística, mas também nas cidades de Paris, Barcelona, Glasgow e Munique. Em Viena distinguiu-se Otto Wagner como o seu principal expoente, cuja obra se caracteriza por um estilo sóbrio e nacional. Na Bélgica distinguiu-se Victor Horta que desenhou edifícios que integravam a decoração na sua estrutura. O decorativismo naturalista e a presença de artes complementares como o ferro forjado foram introduzidos pelos percursores desta nova arte em terras belgas, por Victor Horta e Henry Van de Velte. Em Paris a Arte Nova foi sobretudo aplicada em objectos urbanos, como por exemplo, as entradas principais do metro de Paris que acabou por consagrar a obra de Hector Guimard. Na Cataluna, distinguiu-se Antonio Gaudí, criador de uma arquitectura dinâmica e naturalista, que joga profusamente com as linhas curvas e em que as artes aplicadas e a escultura desempenham um papel preponderante. Nas artes complementares, a arte do vitral goza um enorme desenvolvimento durante este período. É utilizado  como decoração de portas e janelas, mas também de candeeiros e outros objectos. Os cartazes foram outra forma de expressão do modernismo, uma vez que a execução dos mesmos pelos pintores modernistas para anunciar a realização de espectáculos contribuíram para que a publicidade estivesse ao serviço da arte.