Didáctica da Cultura das Artes - Módulo nº 8 - A Cultura da Gare : - Caso Prático - Palácio de Sintra - Mandado edificar, por D. Fernando de Saxo-Coburgo (1818-1885), marido da Rainha D. Maria II, com a função de residência -palácio de Verão ao gosto romântico. Foram ocupantes residentes do palácio as seguintes personalidades da monarquia portuguesa. D. Pedro V e dona Estefânia, reinado de 1853 a 1861; D.Luís e Dona Maria, de 1861-1869, D.Carlos I e Dona Amélia, de 1889 a 1908 e D.Manuel II, no curto período de 1908 a 1910. O local onde foi edificado o actual Palácio da Pena, com espaço construtivo apresenta a primeira referência para o séc. XII onde existia uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Pena (Penedo). Em 1503 , a documentação oficial regista a doação do Mosteiro de Nossa Senhora do Penedo entretanto construído no espaço da antiga capela, por D.Manuel I à Ordem de S. Jerónimo. Contudo a origem do actual palácio situa-se em 1838 quando o referido mosteiro se encontrava já em estado de degradação após o Terramoto de 1755 é adquirido por D. Fernando II mantendo-se esta estrutura na posse da Coroa Portuguesa até 1912, altura em que a República decidiu converter o referido Palácio em Museu. Do ponto de vista arquitectónico este espaço de referência do romantismo nacional apresenta as seguintes características: - Profusão de estilos: neogótico, manuelino, neomourisco e neo-indiano. Neomourisco, nos contrafortes exteriores da edificação e em especial na organização dos arcos e nas coberturas em cúpula. Neogótico, na torre do relógio e manuelino, numa das janelas do palácio que segue o modelo do Convento de Cristo em tomar. Na organização dos elementos decorativos exteriores, destacamos as cúpulas orientalizantes, a porta alegórica da criação do mundo, encimado pelo tritão e a baluarte de forma cilíndrica de grande porte encimada por uma cúpula . Postado por Arlindo Sena.