A Argentina sagrava-se campeão Mundial de futebol, interrompendo a rotina diária do país latino-americano que vivia sob uma ditadura militar, numa época em que a liberdade dos argentinos era motivo de preocupação das instituições internacionais. A própria, Amnistia Internacional exortou o governo alemão no sentido de criar condições para que a República Federal da Alemanha voltasse a validar o seu título conquistado em 1974. Mas, na final não estariam os germânicos mas os holandeses, de facto perante milhares de espectadores a Áustria eliminava a R.F.A, que não perdia com os seus vizinhos havia quarenta e sete anos. O Brasil, outro dos favoritos não chegaria à final (3º) .E a 23 de Junho de 1978, as equipas de César Luís Menotti (Argentina) e do austríaco, Ernest Happel (Holanda) sobem ao palco para a grande final, os argentinas jogando em casa contam com o seu público e com um árbitro que se revelou muito benévolo. A Holanda, em campo revelou-se ao longo da partida a equipa que melhor futebol apresentou, mas os nervos atraiçoaram a chamada “laranja mecânica” como em Munique em 1974. A falta de serenidade conduziu os holandeses a disputas evitáveis com os adversários e que lhes acabou por trazer um grande desgaste , perante uma equipa defensiva durante muito tempo mas decisiva nos momentos cruciais de tal forma que os 3-1 , no final da partida colocava a Argentina na categoria de uma nova potência do desporto-rei e Mário Kempes era o herói nacional ao decidir a partida com os seus golos naquela tarde de Verão de 1978.