sexta-feira, junho 12, 2009

Borba, a cidade mais recente da planície



Notícias com História Hoje, 12 de Junho de 2009, foi aprovada pelo Parlamento mais uma cidade na vasta região da planície, a cidade vizinha de Borba de acordo com a legislação em vigor, que reconhece como determinante para a existência de uma aglomerado urbano na categoria de cidade a várias razões entre elas "as de natureza histórica, cultural e arquitectónica". Por outro lado, é condição para que uma localidade possa ser elevada à categoria de cidade deve possuir mais de oito mil eleitores e pelo menos metade dos seguintes equipamentos: instalações hospitalares, farmácias, corporação de bombeiros, casa de espectáculos e centro cultural, museus e biblioteca, instalações de hotelaria, estabelecimento de ensino preparatório e secundário, estabelecimento de ensino pré-primário e infantários, transportes públicos e parques ou jardins públicos. A nova cidade encontra a sua origem na época Celta mas não há dúvidas da sua existência no período muçulmano, antes de ser terra portuguesa no reinado de D. Afonso II, contudo só obteve carta foral quase um século mais tarde por carta régia concedida em 15 de Junho de 1302 pelo monarca D.Dinis e confirmado por carta régia de D. Manuel I em 1512. A sua defesa acastelada foi planeada nos inícios do séc. XIII, definido por uma planta quadrilateral que não era muito diferenciada das fortificações medievais relativamente ao traçado e materiais. Da construção primitiva destaca-se ainda a torre de menagem e duas das suas portas, porém todo o espaço fortificado foi alterado significativamente à medida que o aumento demográfico justificou a alteração do espaço de ocupação, nomeadamente na época Contemporânea. A história de Borba como os demais centros populacionais na proximidade da linha de fronteira, regista a sua participação nos grandes momentos da defesa da soberania nacional, na época Medieval, durante a Crise de 1383-1385, há referência à presença de D. Fernão Pereira (irmão de Nuno Alves Pereira) que em conjunção com os aliados ingleses fizeram a defesa da referida vila, onde o referido D. Fernão Pereira perderia a vida. Mais tarde durante as Guerras da Independência, em 1665, a vila de Borba esteve ocupada por três regimentos de infantaria e um terço de cavalaria, e a população sofreu novamente o pânico da terrível invasão, que desmoronou no campo de Montes Claros, com a derrota dos exércitos de Filipe IV. Vários assédios estão igualmente documentados como a ocupação espanhola em Junho de 1711, imposta pelo general D. Domingos de Ceo, que impôs à população o domínio da sua autoridade e presença, através de um elevado imposto de guerra. Os tempos mais recentes a da história de Borba necessita de uma investigação séria e urgente, como de resto é comum na região alentejo, onde apenas a cidade de Évora tem uma história minimamente representativa por isso a maior parte dos mestrados e doutoramentos do Alentejo, encontra naquela cidade um modelo válido para todo o Alentejo, que é de resto outro erro da investigação académica que ainda infelizmente é seguido. Postado por Arlindo Sena