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Fachada principal da Igreja do Convento de S.Francisco
Perspectiva do Claustro do Convento de S.Francisco
Um dos quatro altares do Claustro
Se as obras públicas de referência da época da moderna, foram sem dúvida a Praça Militar e o Aqueduto, a verdade é que as obras de matriz religiosa foram aquelas que melhor contribuíram para a sua monumentalidade do ponto de vista quantitativo. De facto durante mais de três séculos, fruto da condição de ser sede episcopal e da fé dos suas “gentes”, um pouco por toda a cidade surgiram novos espaços, nomeadamente mosteiros e igrejas paroquiais tais como: - Convento de S. Francisco (1514) ; Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, Paço Episcopal e Aljube (1517); o Convento de São João de Deus (1645); Igreja de S.Paulo (intervencionada em 1593,1603 e 1660) Convento das Freiras de São Domingos/Igreja das dominíacas (séc. XVII-1659? Colégio de Santiago/Igreja do Salvador (1692); Igreja dos Terceiros da Ordem de São Francisco - 1701) e a Igreja do Senhor Jesus da Piedade (1737) a meio século do início da Época Contemporânea. E ainda há que referir as intervenções na Igreja de São Pedro ou na Igreja de São Domingos, que contribuíram para a descaracterização daqueles espaços religiosos enquanto testemunhos da arquitectura medieval. A presença das ordens religiosas dos Hospitalários e dos Franciscanos, estão directamente relacionadas com as primeiras edificações da modernidade. O Convento de S. Francisco, desenvolveu-se numa época em que a Ordem dos Franciscanos se expandia um pouco por todo o País implantando-se nas cidades e vilas e de um modo particular no Sul do País. A oração, a penitência e os votos de pobreza, animaram esta ordem que ocupou uma pequena colina junto ao Aqueduto das Amoreiras ainda em construção e que manteve a sua actividade missionário até cerca de 1834, aquando das leis de Mouzinho da Silveira que determinaram a expropriação dos bens das ordens religiosos. Todavia, o Convento dos Franciscanos definitivo é datado de 1591 e foi erigido para substituir uma pequena edificação, segundo revela a documentação parte dos materiais do antigo convento foram utilizados na composição da nova sede dos franciscanos em Elvas. A igreja é uma referência do conjunto mesteiral no qual se destaca um simples claustro onde se encontra hoje o Arquivo Municipal Histórico de Elvas, cujas linhas nomeadamente da sua fachada principal são caracterizadas pela sua simplicidade, na qual se destaca o acesso através de uma nartex ao templo e é marcada por um amplo arco abatido. O Janelão que se abre no andar superior da fachada e as duas torres laterais completam a austeridade exterior da igreja. O interior mantêm a simplicidade exterior, o retábulo maneirista do altar mor do entalhador Ascenso Fernandes.Continua.