Marilyn Monroe (1947) abre o festival de glamour em Cannes (foto de James V.Roy )
O as regatas tornaram Cannes conhecida antes de meados do Século XX
O Turismo em meados do século colocava Cannes na rota da Riviera francesa
A marina e a avenida marginal ...irrompem o verde ...
...de um centro urbano que continua a acolher a natureza (2009)
A 65.ª edição do Festival de Cinema de Cannes começa esta quarta-feira,
em França, à sombra da imagem iconográfica da actriz Marilyn Monroe, e a cidade
transforma-se na «Meca do glamour e do cinema». É assim que a agência France
Press descreve agora a cidade da costa azul francesa, porque muita coisa
acontece no festival para lá das estreias mundiais.O festival, que se associa
aos 50 anos da morte da actriz Marilyn Monroe, vai abrir na quarta-feira em tom
de comédia, com Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, que conta com Bruce Willis,
Edward Norton, Bill Murray e Frances McDormand. Em Cannes são esperadas várias estrelas de cinema, como Brad
Pitt, a propósito do filme Killing them softly, Kristen Stewart, por causa de
On the road, Sean Penn, que dará um jantar a favor do Haiti, e Robert
Pattinson, por Cosmopolis, de David Cronenberg. Cosmopolis, produzido por Paulo Branco, é um dos filmes
aguardados no festival e, por conta dele, em Cannes, vão estar os portugueses
Dead Combo, que actuarão no dia 25, na festa da estreia mundial da
longa-metragem. A competir pela
Palma de Ouro estão ainda vários realizadores premiados, entre os quais Michael
Haneke, que apresenta Amour, com Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert e
Rita Blanco, no elenco, Abbas Kiarostami, Ken Loach e Cristian Mungiu. Kiarostami competirá com Like someone in love,
Ken Loach, com The angel's share, e o romeno Cristian Mungiu, com Beyond the
hills. A selecção motivou
um grupo feminista a acusar a direcção do festival de sexismo, por não terem
sido incluídas realizadoras na competição. Thierry Frémaux, da organização do festival, viu-se obrigado a
justificar as escolhas e a alertar que o problema da discrepância entre homens
e mulheres na realização não se resume a Cannes, mas à produção internacional
no seu conjunto. O júri da
secção principal será presidido pelo realizador italiano Nanni Moretti.Nesta
edição, o Brasil terá uma presença reforçada com o realizador Walter Salles, na
competição oficial, com o documentário A Música segundo Tom Jobim, de Nelson
Pereira dos Santos, e com as participações dos realizadores Carlos Diegues, Ruy
Guerra e Eduardo Coutinho.Na Quinzena dos Realizadores, evento paralelo ao
festival, será exibida a curta-metragem Os vivos também choram, do realizador
luso-descendente Basil da Cunha, protagonizada por José Pedro Gomes. Basil da Cunha, filho de pai
português e mãe suíça, volta a ser seleccionado depois de ter participado na
Quinzena dos Realizadores em 2011, com Nuvem. Na semana da crítica, outro dos eventos paralelos, o júri das
curtas-metragens é presidido pelo realizador português João Pedro Rodrigues. À margem do festival, mas
aproveitando todas as atenções que estarão centradas em Cannes, será exibido,
na cidade, no dia 24, o filme O cônsul de Bordéus, de Francisco Manso e João
Correa, sobre a vida do Aristides de Sousa Mendes.O encerramento do festival,
no dia 27, será com o filme Thérèse D., do realizador francês Claude Miller,
que morreu em Abril. In
Diário Digital com Lusa