quarta-feira, maio 16, 2012

Em Cannes fala-se português ...



Marilyn Monroe (1947)  abre o festival de glamour em Cannes (foto de James V.Roy )


O as regatas tornaram Cannes conhecida antes de meados do Século XX


 O Turismo em meados do século  colocava Cannes na rota da Riviera francesa


   A marina e a avenida marginal ...irrompem o verde ... 
...de um centro urbano que continua a acolher a natureza (2009) 

A 65.ª edição do Festival de Cinema de Cannes começa esta quarta-feira, em França, à sombra da imagem iconográfica da actriz Marilyn Monroe, e a cidade transforma-se na «Meca do glamour e do cinema». É assim que a agência France Press descreve agora a cidade da costa azul francesa, porque muita coisa acontece no festival para lá das estreias mundiais.O festival, que se associa aos 50 anos da morte da actriz Marilyn Monroe, vai abrir na quarta-feira em tom de comédia, com Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, que conta com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray e Frances McDormand. Em Cannes são esperadas várias estrelas de cinema, como Brad Pitt, a propósito do filme Killing them softly, Kristen Stewart, por causa de On the road, Sean Penn, que dará um jantar a favor do Haiti, e Robert Pattinson, por Cosmopolis, de David Cronenberg. Cosmopolis, produzido por Paulo Branco, é um dos filmes aguardados no festival e, por conta dele, em Cannes, vão estar os portugueses Dead Combo, que actuarão no dia 25, na festa da estreia mundial da longa-metragem. A competir pela Palma de Ouro estão ainda vários realizadores premiados, entre os quais Michael Haneke, que apresenta Amour, com Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert e Rita Blanco, no elenco, Abbas Kiarostami, Ken Loach e Cristian Mungiu. Kiarostami competirá com Like someone in love, Ken Loach, com The angel's share, e o romeno Cristian Mungiu, com Beyond the hills. A selecção motivou um grupo feminista a acusar a direcção do festival de sexismo, por não terem sido incluídas realizadoras na competição. Thierry Frémaux, da organização do festival, viu-se obrigado a justificar as escolhas e a alertar que o problema da discrepância entre homens e mulheres na realização não se resume a Cannes, mas à produção internacional no seu conjunto. O júri da secção principal será presidido pelo realizador italiano Nanni Moretti.Nesta edição, o Brasil terá uma presença reforçada com o realizador Walter Salles, na competição oficial, com o documentário A Música segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, e com as participações dos realizadores Carlos Diegues, Ruy Guerra e Eduardo Coutinho.Na Quinzena dos Realizadores, evento paralelo ao festival, será exibida a curta-metragem Os vivos também choram, do realizador luso-descendente Basil da Cunha, protagonizada por José Pedro Gomes. Basil da Cunha, filho de pai português e mãe suíça, volta a ser seleccionado depois de ter participado na Quinzena dos Realizadores em 2011, com Nuvem. Na semana da crítica, outro dos eventos paralelos, o júri das curtas-metragens é presidido pelo realizador português João Pedro Rodrigues. À margem do festival, mas aproveitando todas as atenções que estarão centradas em Cannes, será exibido, na cidade, no dia 24, o filme O cônsul de Bordéus, de Francisco Manso e João Correa, sobre a vida do Aristides de Sousa Mendes.O encerramento do festival, no dia 27, será com o filme Thérèse D., do realizador francês Claude Miller, que morreu em Abril. In Diário Digital com Lusa