quarta-feira, maio 20, 2009

Prémio Internacional das Artes 2009 -Fundação Príncipe das Astúrias

 Notícias com História (Biografia /Didáctica da História e Cultura das Artes) -   O génio da arquitectura britânica, o pós-modernista Normam Fosters, foi hoje distinguido esta manhã em Oviedo pelo Prémio Internacional das Artes  conferido pela Fundação Príncipe das Astúrias, em função das suas preocupações na arte de planificar os espaços arquitectónicos em que o desenho é fundamento para a melhoria da qualidade de vida das “polis” contemporâneas. Neste âmbito a referida fundação destacou na  sua obra: “ A inovação, a orientação pautada pela qualidade em todas as fases de desenvolvimento dum projecto, o interesse em aplicar os avanços da tecnologia e ainda a sensibilidade para com os princípios do desenvolvimento sustentável”  Norman Foster, nasceu em Manchester em 1935, cidade onde estudou Arquitectura e Urbanismo, obtendo alguns anos   mais tarde uma pós-graduação na área da arquitectura contemporânea na Universidade de Yale (USA). De regresso à pátria com alguns colegas de formação junto com Richard Rogers (colega de estudos em Yale), Wendy Cheesman (sua futura ex-esposa) e Georgie Wolton, fundou o escritório de arquitectura Team 4 (1963-1967), que durante cerca de vinte anos especializou-se na área de projectos residenciais e edifícios industriais. Porém a segunda fase da sua carreira que o tornou num “génio” da arquitectura global, iniciou-se com a fundação da empresa internacional “Sir Norman Fosters & Partners”, cujas obras de referência se enquadram no contexto do Higth Tech ou Tecnicismo Corrente arquitectónica que descende do espírito experimental e da actualização tecnológica que presidiu, no século XIX, à Revolução Industrial, cuja arquitectura explorou novos materiais e recorreu à pré-fabricação e estandardização dos elementos construtivos, visando uma economia de meios, rapidez construtiva e soluções técnico - formais arrojadas. Na actualidade o Hight Tech, associa ao acto construtivo, matérias e recursos avançados na edificação construtiva que se caracteriza pela criatividade e pelos efeitos estéticos. Das obras de referência destaca-se o Banco de Hong-Kong e Xangai (1979-1986), que quebra a construção clássica substituindo a pedra pelo aço ou a famosa cúpula que coroa o edifício do século XIX do Parlamento alemão de Berlim (1993-1999) que, na realidade, é um sistema sofisticado de auto-ventilação e de conversão da energia solar. Não menos importante que os numerosos edifícios que projectou são o desenho e planeamento de alguns centros urbanísticos em cidades europeias como Berlim e Cannes ou espaço parcial da King Cross em Londres, 1988), ou o planeamento e a ordenação urbana da Exposição Universal de Lisboa de 1998. Em Espanha concretizou alguns projectos de referência do Tecnicismo, no campo da engenharia, como a Torre de telecomunicações de Collserola em Barcelona (Espanha, 1988-1992) ou conjunto do metro de Bilbau (1988-1995) que o tornou um nome ímpar da arquitectura global em Espanha, como confirma  o mais reputado arquitecto internacional português, Siza Vieira, “Em Espanha, Norman Fosters tem trabalhos de altíssima qualidade e uma grande ligação à cultura espanhola”.  Postado por Arlindo Sena