A ideia de liberdade não era palavra vã na cidade do Porto, onde a Revolução de 1820, tinha determinado o fim do Antigo Regime. Da cidade invicta, o protesto tornara-se constante há medida que se assistia à deterioração da vida pública e o primeiro deputado republicano eleito em Portugal, representava então a capital do Norte, tratava-se do Dr . José Joaquim Rodrigues de Feitas. A questão do Ultimato Britânico foi entendido pelas gentes do Norte como uma desgraça nacional e o desagrado foi evidente numa cidade onde a colónia britânica por via dos negócios do Vinho do Porto, era a mais representativa em Portugal. Nestas circunstâncias históricas e políticas, a Revolução de 31 de Janeiro de 1891, como primeira tentativa de derrube da monarquia portuguesa, deve ser observada no contexto das nobres tradições libertárias da cidade. O movimento quando saiu à rua é de natureza militar mas a base ideológica, estava subjacente num Directório Civil constituído pelo: advogado Augusto Mateus Alves da Veiga, pelos jornalistas José Pereira de Sampaio (Bruno), Santos Cardoso e João Chagas, pelo actor Miguel Verdial, pelo padre João Pais Pinto, pároco de São Nicolau .O comando operacional (militar) estava nas mãos do capitão António Amaral Leitão, do Regimento de Infantaria nº10 e no alferes Augusto Rodolfo da Costa Malheiro, de Caçadores nº9. O movimento portuense era acompanhada com expectativa pelos conspiradores e nomeadamente pelo Directório do Partido Republicano, uma vez que o triunfo a norte seria acompanhada pela marcha para sul para libertar a capital. Todavia, a Infantaria nº10 quando avança para a rua faz tardiamente com seis horas de atraso já a madrugada estava a findar e o êxito dos revoltosos também … . Uma hora depois às 07h00 da manhã, o Dr. Alves Veiga, proclamava a República e divulgando o nome dos conspiradores a uma multidão que tinha esperança nas palavras que então ouvia, de um futuro melhor. Todavia, as forças féis irrompiam pela Rua de Santo António até à Praça da Batalha, o fogo abria-se sobre a multidão, mortos e feridos caíam no solo, a população fugia… a revolução estava condenada ao insucesso, as centenas de mensagens telegráficas chegavam à Coroa e ao Ministério, entre elas a da Câmara Municipal do Porto, testemunha ocular da tragédia das gentes do Porto, mas seu o 31 de Janeiro