sexta-feira, dezembro 12, 2008

Organização e povoamento da vila de Elvas


História Local : - As primeiras medidas com vista à consolidação do território português na fronteira portuguesa, após o processo de reconquista cristã no distrito de Portalegre, têm como marco fundamental as cartas de povoamento, as primeiras referentes às vilas de Marvão em 1226 e de Elvas em 1229. Numa época em que a rede de castelos definida a partir de Niza, Marvão, Portalegre, Alegrete, Arronches, Ouguela e Campo Maior só se consolida a partir de meados do séc. XIV quando o domínio pelo território peninsular era então uma tarefa decisiva dos reis cristãos, uma vez eliminada definitivamente a ameaça do Islão no espaço ibérico. Na teoria, o registo histórico elvense que marca como elemento determinante na acção de povoar, foi sem dúvida a Carta Foral de 1229 que seguia o modelo hispâico de Ávila, que favorecia o domínio de uma oligarquia de cavaleiros vilões capaz de estruturar estas comunidades de direito público que regulava a vida comunitária em várias matérias como por exemplo: as liberdades e garantias das pessoas e bens dos povoadores; impostos e tributos; imunidades colectivas; serviço militar entre outras disposições. Por convenção a história tradicional identifica o povoamento da vila de Elvas com a acção da Ordem de São Domingos numa versão semelhante ao mosteiro carolíngio na Europa Ocidental como centro de exploração e ordenação da propriedade agrícola.Porém, em solo elvense como na maioria das vilas e cidades portuguesas esse processo resultou da vontade régia, até que em Portugal, o grande e único senhor era o rei, nestas circunstâncias o reinado de D. Afonso III foi sem dúvida decisivo para a formação de Elvas como realidade portuguesa. Se considerarmos as seguintes acções segundo os dados documentais da sua chancelaria: 1º As confirmações que marca o reconhecimento e o direito de ocupação da cavalaria vilã no termo de Elvas durante os primeiros dez anos do seu reinado das doações feitas pelos monarca D.Sancho II. Entre elas a confirmação da doação da herdade de Vila Boim a João da Boim, que marca a origem primitiva da actual freguesia do Concelho de Elvas. 2º As doações às instituições religiosas que não se limitam ao terreno onde se edificou o mosteiro de S.Domingos em 16 de Março de 1226; mas também a herdade da Mata da Alcaraviça aos monges de Alcobaça que se mantêm com algumas herdades até ao fim da Idade Média, ou ainda algumas propriedades concedidas em 1267 aos Templários, na pessoa do seu comendador Rodrigues Peres Cebola, numa época em que tal ordem militar e religiosa estava sedeada no Crato e exercia a sua função militar de prevenção entre Serpa e Moura. Estas doações aos monges de Alcobaça e aos Templários é de resto uma realidade nos territórios da raia portuguesa, quando a Reconquista Cristã atingia o seu termo e em que o povoamento iniciava o seu desenvolvimento com a colaboração das Ordens militares e dos monges de Alcobaça. 3º As primeiras concessões para a ocupação de tendeiros nas paróquias de Santa Maria dos Açouges e de Salvador onde se realizavam as principais actividades mercantis com base agrícola. Em síntese podemos afirmar sem grandes dúvidas que o monarca D. Afonso III foi sem dúvida uma das figuras do processo de povoamento e colonização da vila de Elvas, na qual se destacam outras figuras que a história local necessita de reconhecer no contexto da sua existência como circunscrição administratvia portuguesa tais como : Esteve Annes, D. João Aboim e Rodrigues Peres de Cebola. Postado por Arlindo Sena.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Recordar o Mickey Mouse



Margarida Rasquilha, aluna do 12ºano E - Este ano celebra-se os oitenta anos da criação do ícone mais conhecido na cultura internacional. Inicialmente designado como Mortimer e imaginado por Walt Disney, foi, no entanto, Ub Iwerks que desenhou o rato Mickey Mouse. A sua estreia foi no dia dezoito de Novembro de 1928, no cinema em Nova Iorque com o primeiro filme sonorizado "Steamboat Willie". Procurando criar uma imagem mais familiar do rato, dotando-o de características humanizadas, Disney também criou a personagem de Pluto (cão do Mickey), no início da década de 40, Mickey era a personagem de animação mais popular, sendo premiado com um Óscar pelo filme "Fantasia". Excertos dos seus livros de Banda desenhada esgotavam jornais e os seus episódios enchiam cinemas, agradando a públicos de todas as idades. A popularidade atraída por Mickey levou mesmo a que a missão Aliada na Segunda Guerra Mundial fosse titularizada com o seu nome. A partir de meados da década de 50, em plena Guerra Fria, as obras policiais de Mickey conferiram-lhe um estatuto de herói apresentando-o como dectective e combatente criminal. Em Portugal as histórias do rato Mickey surgiram pela primeira vez a 21 de Novembro de 1935 numa revista intitulada "Mickey", que custava 1$50 escudos e que durou até finais de 1936. No ano de 1950 surgiu "Rato Mickey", editada pela Agência Portuguesa de Revistas; no entanto, a verdadeira massificação ocorreu nos anos 80 com histórias da autoria de desenhadores maioritariamente norte-americanas e brasileiras.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

A arte Românica

Leitura formativa: - Módulo nº 3 - A Cultura do Mosteiro : - " A arte românica é essencialmente rural e arquitectónica, considerando que a pintura e a escultura, surgem neste estilo artístico como formas artísticas complementares da arte maior. Na verdade, dada a religiosidade do momento histórico e o protagonismo da Igreja em todos os âmbitos da sociedade da cultura, a construção romântica por excelência foi o templo. As igrejas quanto à planta, eram muito variadas. A planta de cruz latina apresenta-se como o modelo dominante e que se define por três ou cinco naves longitudinais, na tradição das plantas basilicais, diferenciando-se pela introdução de um transepto saliente ou bem marcado. Nas grandes igrejas de peregrinação destaca-se ainda o deambulatório que marca o acesso à abside e aos absídiolos. As de planta cruz grega , são constituídas por duas naves com a mesma dimensão, que se cruzam perpendicularmente no centro. As coberturas de madeira do período paleocristâ mantiveram-se durante os primeiros tempos da "era românica", mas as abóbadas de arestas e de berço foram ganhando espaço na cobertura das edificações românticas, as de berço predominavam nas naves centrais enquanto que as naves laterais eram aplicadas as abóbadas de arestas mais complexas na sua organização estrutural. Os de arco redondo ou de volta inteira asseguravam o suporte da colunata das naves e os vãos do mesmo tipo permitiam a iluminação do interior das edificações. As paredes são de grande espessura e reforçadas com contrafortes, para suportarem o peso das abóbadas. A fachada integra habitualmente um portal monumental, decorado com elementos escultóricos e a cabeceira normalmente apresenta absides de planta semicircvlar. A difusão do romântico no Ocidente apresenta o território francês como o seu centro difusor a partir da organização económica e social da Ordem de Cluny no período consequente à queda do Império Romano do Ocidente, no qual surgem as primeiras igrejas de peregrinação, de cinco naves e deambulatório, a da Borgonha ou Vézelay. Em Itália, o modelo arquitectónico segue a tradição romana e bizantina. Os materiais são o tijolo e o mármore. A originalidade reside na utilização frequente de arcadas cegas e torres adjacentes aos templos religiosos. Em Espanha, encontramos influências de características diferenciadas, deste o modelo do românico da Lombardia que é caracterizado por uma torre única de grandes dimensões, passando pelas igrejas de três ou mais naves, com cruzeiro, deambulatório e absídiolas , na rota do caminho de Santiago ou a influência islâmica no noroeste identificada sobretudo pelas arcadas em ferradura. Em Portugal fruto da reconquista cristã, destaca-se as catedrais de Lisboa, Coimbra e Porto, onde as características acasteladas são visíveis na organização das fachadas das igrejas de três naves com transepto ou de nave única com ou sem o transepto e mais comum nas igrejas paroquiais do Norte de Portugal, região por excelência do românico no nosso país. Por essa mesma razão o românico não vingou no sul de Portugal que em Elvas se limita ao Portal da Igreja paroquial de S. Pedro. Postado por Arlindo Sena.

A realidade portuguesa na história peninsular

Armando Besga Marroquin, Doutor em História Medieval, Universidad de Deusto - " Es curioso constatar que el último Estado surgido en la Península no sólo fue el único que mantuvo su existencia separada, sino que además fue el único que no se unió durante la Edad Media con ningún otro reino ibérico. Oportunidades no faltaron, pero todos se frustaron. A la muerte de D. Fernando I (1367-1383) el trono portugués correspondía al rey de Castilla Juan I (1397-1390), casado con la heredera legítima, Beatriz. Pero en Portugal triunfó la oposición a esta solución y se ofreció el trono al gran maestre de la Orden de Avis, Juan hijo bastardo de Pedro I (1357-1367). La posible unión se frustó con la derrota de los castelhanos en Aljubarrota (15 de agosto de 1385). A finales del siglo XV soplaban vientos de unidad en la Península. La unión debia pasar necesariamente por Castilla. El socio podía ser Aragón o Portugal. Los acontecimientos propiciaron la solución aragonesa. Primeiro Isabel la Católica rechazó el matrimonio con Alfonso V de Portugal, que era defendido por el rey castelhano Enrique IV, y se casó con el príncipe Fernando, herdero de la Corona de Aragón. Después los Reyes Católicos se impusieron en la Guerra de Sucessión (1474-1479) a Juana la Beltraneja, auténtica heredera legítima del trono, y Alfonso V de Portugal. En 1383 una victoria había asegurado la independencia de Portugal; ahora una derrota consagraba una separación. La política matrimonial de los Reyes Católicos estuvo a punto de haber propiciado la unión con Portugal. La primogénita de los Reyes Católicos, heredera del trono tras la muerte del único hijo varón, Juan, se casó en segundas nupacias con el rey de Portugal Manuel el Afortunado ( en primeras nupcias lo había estado con Alfonso V de Portugal: otra oportunidad perdida, porque el matrimonio no tuvo descendecia). En 1498 Isabel y Manuel fueron jurados como príncipes de Austurias. Aquel mismo año falleció Isabel al dar a luz a su hijo Miguel. Sobre este niño recaían los derechos de las coronas de Portugal, Aragón y Castilla. Las Cortes reunidas en Ocaña le juraron como heredero. Pero el niño murió en Grtanada antes de cumplir los 2 años (1500). En 1580 se produjo la unión de España y Portugal en la persona de Filipe II.Pero ya era demasiado tarde: Portugal tenía su propio imperio y en esas condiciones no se han producido uniones fructíferas. A partir de 1640 Portugal volvió a ser independendiente. En conclusión, el homenage de Alfonso I al Papa constituye sólo uno de los hitos del largo proceso de independencia de Portugal, y no de los más importantes, pues tenía como objecto asegurar una independencia ya lograda. El texto, además, permite constatar las posibilidades de uso tan variadas que realmente tuvieron los veínculos feudales, que en este caso están más cerca de la garantía de una alianza (interpretable además a conveniencia) que de las definiciones tan estrictas que se suelen dar en las exposiones sobre el feudalismo. Postado por Arlindo Sena.

domingo, novembro 30, 2008

Notas sobre a Maçonaria na Cidade de Elvas




História Local - Na Rádio Elvas - A história da Maçonaria em Elvas é um fenónemo da História Contemporânea e está directamente relacionada com dois momentos particulares da história política portuguesa, a oposição ao regime liberal e ao ideário republicano respectivamente. No primeiro momento, podemos identificar três lojas macónicas : a Loja da Liberalidade (1818-1823); a Loja 21 de Julho ( existiu entre 1834 e 1841) e a Loja União Transtagna de Elvas, fundada em 1840 e desaparecida provavelmente no ano de 1869. A loja da Liberalidade foi sem dúvida a mais importante e terá sido extinta na sequência do movimento absolutista de Vila Francada. Defensora dos ideais revolucionários da Revolução Francesa, Liberdade , Igualdade e Fraternidade, foi sem margens dúvidas a loja elvense que em termos sociais e profissionais, se caracterizava pela distinção, considerando que estava representada por membros do alto clero como o bispo de Elvas, D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde ou o Cónego da Sé, Tio de Lúcio José Travassos Valdez, irmão Conde do Bonfim, José Lúcio Travasso Valdez, nascido em Elvas e que desempenhou uma serie de altos cargos ao serviço da Monarquia Constituicional. Este maçon da nobreza de sangue contava com outras figuras distintas nas reuniões clandestinas numa dependência da Praça Militar de Elvas, então sob comando do Visconde de Vila Nova de Gaia Thomas Wiliam Stubbs, que em seu redor juntava outras figuras de alta patente do exército português tais como Joaquim José Vidigal Salgado, Doutor em Medicina, Capitão-Mor Exército. Ou outros oficiais de referência como Frederico Chateaunef, José Lampreia de Sárria, Joaquim Paulo Arrobas ou Mateus Maria Padrão. A Loja de 21 de Julho que era uma das facções da Loja da Emigração Regeneradora e existiu com fins de natureza partidária e não com objectivos libertários como era natural neste tipo de organizações. A Loja da União Transtagana era uma representação da Loja de Fortaleza que reunia alguns militares da cidade, aceitava o rito escocês antigo, fundada em 24 de Junho de 1840 e existiu durante cerca de 20 anos. No século XX fruto dos ventos republicanos que o País atravessava era criado pelo Decreto nº147 de 22 de Junho de 1911 a Loja da Emancipação nº347 e em seu redor juntava como obreiros os antigos membros da Comissão Republicana de Elvas mas também uma série de figuras locais representativas de todos os partidos republicanos organizados na cidade como era o caso do Partido Republicano Português, Partido Evolucionista e a União Republicana. O seu líder era o aristocrata Júlio Alcântara Botelho e político republicano oriundo de uma família do Partido Regenerador na qual o seu avô o Visconde de Alcântara era de resto a principal figura do Distrito e amigo pessoal de esse grande estadista português Fontes de Pereira de Melo. Reconhecem-se nesta loja como obreiros cerca de 15 elvenses entre eles: o Brigadeiro Miguel Conceição Santos, o fotógrafo Manuel Caldeira Cayola, o empresário António José Torres de Carvalho, o Coronel António Pires Leitão, o Dr. João Camoesas ou o advogado Raul Carlos Silva Rebelo. Aliás considerando os dados biográficos das referidas personalidades verificamos que os mesmos no período entre 1910-1922, desempenharam uma série de cargos fundamentais na vida política e pública da cidade. Em consequência da implantação da República, destaca-se a curiosidade da constituição de uma loja em Barbacena em 1911, o Triãngulo nº165 que deverá ter tido uma influência decisiva no movimento grevista rural que ocorreu nos espaços rurais elvenses e que juntava como obreiros alguns trabalhadores rurais, era liderada pelo professor primário Eduardo Dias Ferreira. Com uma dimensão mais modesta e a última iniciativa para a implantação de uma loja maçónica destaca-se o Triângulo nº262 em 1923, cujo figuras de referência era Augusto Camoesas irmão de João Camoesas ou Tenente José Jácome de Santana Silva, identificam-se outros elvenses nesta loja que foi criada com o apoio da Grande Oriente Lusitano Unido. Postado por Arlindo Sena

sábado, novembro 29, 2008

Bíblias na Internet

Notícias com História - Na web e por iniciativa de quatro instituições: a Universidade de Leipzig, da Livraria Britânica, do Mosteiro de Santa Catarina e do Livraria Nacional da Rússia. É possível consultar em inglês e alemão, uma cópia do Novo Testamento em grego antigo. De realçar que o site www.codex-sinaitcus.net., permite entre outras funções o acesso a cada folha do respectivo documento, apresentado com um detalhe notável. Postado por Arlindo Sena.

terça-feira, novembro 25, 2008

O nascimento do Comércio Contemporâneo em Elvas

Crónicas de Elvas- Fichas de História Local - nº37 - IV série - A história da cidade de Elvas desde a sua fundação até quase aos nossos dias ou pelo menos até ao último quartel do século XX foi essencialmente agrícola. Todavia a prática mercantil está registada no próprio foral manuelino concedido à cidade em 3 de Março de 1507. Mas tal como nessa data tão longíqua nos três séculos e meio seguintes, a prática mercantil era completar da actividade agrícola e eram os produtos agrícolas que dinamizavam essa prática pré-comercial. É certo que alguns mercadores locais como os Gomes, os Fernandes e os Melo, na época filipina atingiram uma dimensão internacional beneficiando do alargamento da sua àrea comercial por via ibérica, mas sem consequências na vida económica de Elvas, uma vez que por via do reconhecimento social destas famílias enrequecidas, primeiro por um comércio regional e depois pela sua participação em capitais ibéricos, acabaram por se fixar na capital do reino mais exactamente na Rua dos Mercadores onde tinham residência os maiores mercadores do reino. Mas o reconhecimento da cidade raiana como um espaço comercial, segundo a documentação escrita e documental, é já muito posterior à Revolução do Porto de 1820 e praticamente em plena Regeneração numa época em que a prosperidade marcava a vida quotidiana. Na verdade desde 1860 até 1930, o ritmo de crescimento demográfico do concelho de Elvas foi notável ainda que no início do século XX pela primeira vez na história concelhia a população rural ultrapassa os efectivos urbanos como consequência do avanço e expansão da exploração agrícola nas vilas e aldeias do município. Podemos então afirmar que a conjugação de factores determinaram as condições para a criação de um alargado número de consumidores que animaram um comércio em franco desenvolvimento a saber: a) O aumento demográfico por via de novos moradores, agricultores por via da "colonização agrícola". b) O desenvolvimento da função pública devido à crescente burocratização do regime republicano. c) O crescente processo de militarização sobretudo com a fixação e operacionalidade da Guarda Nacional Republicana e ainda a melhoria das condições higiénicas e saúde pública. Assim na transição para o século XX, Elvas sentinela da fronteira, era reconhecida como cidade comercial e agrícola, que podemos comprovar quandp se lê os títulos da imprensa periódica de finais da última centúria de oitocentos. Nas décadas de 1860 e 1870, as Ruas da Cadeia e Carreira, dominavam a vida comercial e as lojas e as mercearias sucediam-se na disposição das referidas vias. No período entre 1870-1890, a Rua da Alcamin surgia em franca expansão com lojas de moda e num misto entre a casa comercial e a mercearia. No fim do século era a vez da afirmação da Rua Pereira de Miranda, campeã das mercearias e na entrada no novo século timidamente surgiam novas artérias sem a dinâmica comercial das já referidas e o número de lojas e serviços registados atingiam a meia centena. O século XX seria marcado por vários momentos conjunturais, até meados do século pela relação entre a peseta e o escudo, após as crises económicas consequentes às duas guerras mundiais. A militarização, o movimento alfandegário e a clientela espanhola, alimentou a prosperidade comercial nas décadas de 60, 70,80 e 90. Mas a desactivação das estruturas militares e aduaneiras, acabou por fechar esse círculo de circulação monetária e provocar uma situação de estaganação que o tempo e a estratégia determinarão o caminho a seguir. Postado por Arlindo Sena.

domingo, novembro 23, 2008


Notícias de História local - Rádio Elvas - Na edição de 20 de Novembro de 2008 , a entrevista marcou a referida emissão tendo sido a Drª. Isabel Cavaleiro Ferreira, na condição de Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Elvas. No âmbito da acção da Associação referiu que a mesma tem como função entre outras o apoio à instituição Escola enquanto local de aprendizagem e exigência, estando representada nos orgãos próprios como o Conselho pedagógico como também se faz representar nas diversas iniciativas que escola organiza e concretiza. Num segundo momento, a Drª Isabel Cavaleiro referiu que uma das finalidades da Associação é estabelecer uma relação directa entre as futuras opções profissionais dos educandos da Escola Secundária de Elvas e a experiência profissional dos pais e nessa perspectiva, a Associação deverá realizar uma iniciativa a médio prazo na qual os pais deverão dar o seu testemunho das suas actividades profissionais junto dos alunos da comunidade escolar referida . Na parte final da mesma entrevista a nossa entrevistada, questionou o actual estado da educação, deixando claro que a exigência na avaliação e na aprendizagem deve ser uma das prioridades na formação educacional dos jovens, uma vez que essa exigência é uma realidade que o "mundo do laborar" determina. Postado por Arlindo Sena.

terça-feira, novembro 18, 2008

Caminhada do dia do Não Fumador.

Andar, Ver e Comentar - Foi a iniciativa levado a cabo, pela equipa do projecto Jovens Escola e Saúde, da Escola Secundária de Elvas, no âmbito da comemoração do dia do Não Fumador. E que reuniu mais de uma centena e meia de alunos do referido estabelecimento, que partindo do Aqueduto das Amoreiras, percorreram o topo norte da Praça Militar de Elvas em direcção à Parada do Castelo, seguindo-se alguns troços da parte medieval e moderna da urbe elvense tendo como chegada a Praça da República. Postado por Arlindo Sena

O " REI - SOL, LouisXIV.


Didáctica de História : Actvidade realizada pelo aluno do 11ºAno, Turma F , Tiago Abreu: - Louis XIV nasceu em 1638. Os seus pais Louis XIII e Ana de Áustria consideraram- no uma bênção divina, visto que o casal ainda não tivera nenhum filho em vinte e três anos de matrimónio. Aquando do seu baptizo recebeu , para além do tradicional título de " Delfim ", o de " Premier Fils de France" ( " Primogénito de França "). Durante o seu longo reinado. que na prática exerceu de 1661 a 1715( após a regência da mãe assumiu o trono no ano de 1651 com treze anos de idade mas os destinos do seu reino eram pautados pelo cardeal Mazarino ) , transformou a França num importante centro comercial - marítimo e manufactureiro, alicerçado num vigoroso comércio colonial e na política económica mercantilista idealizada pelo seu ministro das finanças Jean Baptiste Colbert. Face à sua hegemonia económico - financeira, ao seu poderoso exército e à conquista de importantes áreas coloniais, a França de Louis XIV desempenhou um papel preponderante no xadrez geo - político internacional daquela época. Mas o reinado deste monarca ficou também marcado pela vertente social , sendo de destacar a edificação do " Hôtel des Invalides " , moradia destinada aos militares que o serviram em combate e que sendo dispensados da vida militar por motivo de ferimentos de guerra ou idade avançada , se dedicavam até então , ao banditismo e à mendicidade. É o poderio a diversos níveis que a França possui nos finais da época seiscentista que leva Louis XIV a adoptar para seu emblema o sol, o astro - rei que dava vida a qulquer coisa que tal como ele fazia brilhar a França no panorama político e económico - financeiro europeu. É este o " Rei - Sol " que estende o seu forte poder sobre a França e a Europa do seu tempo , reflectido na sua corte sediada no palácio de Versalhes , onde quotidianamente todos os cortesãos assistiam ao dia do rei como se fosse a corrida diária do sol, proliferando aí diferentes rituais que se traduzem na encenação do poder absoluto deste soberano. Postado por Francisco José Espiguinha

segunda-feira, novembro 17, 2008

Notícias com história: - Arqueólogos italianos e franceses descobriram recentemente nas catacumbas dos Santos Pedro e Marcelino, a sul de Roma, uma rede de câmaras com 1.200 esqueletos. Segundo a arqueóloga Rafaella Giuliani, especialista da Academia Romana de Arqueologia que dirige a campanha arqueológica : "É o primeiro exemplo conhecido de um enterramento em massa". A referida académica e a sua equipa, no presente mês iniciaram as análises forenses para esclarecer as causas do enterramento colectivo. Muitos dos esqueletos encontravam-se vestidos com refinadas túnicas e cobertos com manto de linho, algo comum nos primeiros enterramentos cristãos. As hipóteses da equipa da Academia Romana de Arqueologia, variam entre a causas da morte dos referidos achados, entre a perseguição e execução pelos romanos ou trata-se de um simples enterramento colectivo realizado pela iniciativa da comunidade cristã. Postado Arlindo Sena.

domingo, novembro 16, 2008

Carta dirigida pelo Círculo Elvense a Vitor de Santa Ana Pereira

História Local em Documentos / Documento de apoio à constituição da Biblioteca do G.A.E. / A transcrição apresenta expressões e palavras correntes na escrita oitocentista - " Criada em Elvas uma associação, o Grémio Artístico Elvense, que intenta proporcionar convivência agradável, distracções honestas, leitura proveitosa e a instrucção literária elementar de que mais precisam as classes laboriosas, envidam-se todos os esforços para se organizar uma biblioteca que tenha, em benefício dos associados, preencher a sensível falha de não se encontrar nesta terra, como ha n`outras de somenos importância, um estabelecimento de tal natureza. Vive o Grémio desde 14 de Janeiro último à custa dos escassos meios (...) dos seus associados, homens quasi todos que possuem por unico património o trabalho: tem constantemente lutado para superar muitas e mui instantes necessidades; continuará talvez a lutar, mas com confia na protecção e favor de todos os espíritos esclarecidos e lhes sobeja a vontade de realisar o seu intento civilizador (...). Anima-nos esta esperança e por isso dirigindo-se a v. Ex.ª , que é natural d´Elvas, que lhe tem amor de bom filho e que é fervoroso partidario da instrucção popular, ousamos pedir lhe, além de um ou dois livros para a projectada biblioteca, a sua violiosissisma protecção para conseguir dos seus muitos amigos idêntica fineza, indicando-nos os seus nomes para lhes escrevermos, se V.Exc.ª, o julgar necessario. (...) . Aguardando respostqa de V. Ex.ª , que não deixará de ser satisfatória (...) Deus guarde V.Ex.ª, Sala sessões da Direcção Litterária do Grémio Artístico Elvense, 29 de Janeiro de 1878, Assina: - António Dias da Silva. Postado por Arlindo Sena

Villa Romana da Quinta das Longas

História Local e Didáctica da História e Cultura das Artes - 10º Ano de escolaridade - Texto dos arqueólogos António Carvalho e Maria José de Almeida, UNIARQ: - A villa romana da Quinta das Longas situa-se na actual freguesia de S.Vicente e Ventosa (Elvas, Portugal). Em época romana, o sítio encontrava-se no território que a colónia Augusta Emerita tutela simultaneamente enquanto capital administrativa da província da Lusitania e do conventus emeritensis. A posição da villa na geografia do Império é fundamental para a compreensão do significado histórico da sua ocupação. Além desta interação no território emieritense, há ainda que ter em conta que a Quinta das Longas se localiza na área de convergência dos dois principais itinerários que permitem o acesso da capital provincial ao seu porto atlântico de Olisipo. Este é um território com um elevado potencial económico, aliando aos solos de boa qualidade, para o tipo de agricultura praticada em época romana, à presença de recursos hídricos em abundância. A área florestada seria certamente maior do que é hoje, como indiciam os índices de presença de espécies de caça, características de habitad de bosque, nos restos faunísticos recolhidos em Torre de Palma (Monforte) e na Quinta das Longas. A proximidade com a área de exploração de mármores de Vila Viçosa /Estremoz é também um factor de grande importância económica deste território, que apresenta características que tornam fácil o transporte destes materiais através de uma rede viária consolidada. A ocupação romana desta área torna-se significativa a partir do séc. I d.c., sendo uma área densamente povoada cujo momento de maior apogeu se terá situado no Baixo-Império, sobretudo durante o séc. IV. A ocupação melhor conhecida do sitio da Quinta das Longas materializa-se no edifício residencial da villa baixo-imperial que datamos do séc. IV ( podendo a sua construção e primeiro momento de ocupação situarem-se ainda dos finais do séc. III). Trata-se de uma villa de peristilo que segue os cânones tipos da época, embora com algumas características peculiares no contexto das villae desta região. A água assume um papel de destaque no programa decorativo do edifício, sendo a fachada Norte aberta cenograficamente sobre a ribeira de Chaves com um pórtico que faz articulação entre o grande espelho de àgua e o ninfeu. Os pavimentos em mosaico e os elementos decorativos em mármore (frisos parietais e esculturas) completam o programa decorativo do edifício, que contaria ainda com painéis de estuque pintados nas paredes , dos quais apenas foi possível recuperar pequenos troços in situ e inúmeros fragmentos nas camadas de derrube do edifício. Sob este edifício encontram-se restos de um outro que interpretamos como uma primeira villa baixo-imperial , datada do séc.III, deixando-se em aberto a possibilidade de se tratar neste caso de construções pertencentes à pars rústicas. Alguns elementos de cultura material (cerâmica de paredes finas, terra sigilata itálica e sud-gálica) testemunham a ocupação do sítio no Alto Império, embora não seja possível caracterizar melhor esse momento. Regista-se ainda a existência de vestígios do que terá sido um povoado do Neolítico/Calcolítico, muito possivelmente relacionado com os construtores e utilizadores de uma anta situada nas proximidades. Postado por Arlindo Sena.

quinta-feira, novembro 13, 2008

La crisis actual y la del 33. Parecidos razonables?


Texto do Prof.Doutor Oriol Oestivila, Professor Titular de História Antiga - Crisis financiera e inmobiliaria en la Roma del año 33 - Puede ser peligroso intentar analisar los comportamientos de las sociedades antiguas a la luz de nuestro presente, pero debemos reconecer que el crac del 33 supone un ejemplo magnífico de un proceso de burbuja financiera e inmobiliaria con evidentes paralelos a nuestra actualidad. En realidad, sigue siendo aún objecto de debate entre los historiadores la valoración de los comportamientos económicos de las sociedades antiguas, es decir, la dificultad en comprender las motivaciones y los efectos de algunas medidas económicas desarrolladas por los regimes antiguos. Para algunos, las sociedades antiguas no tuvieron herramientas, ni voluntad, para intervir sobre los procesos económicos limitándose a la gestión de los problemas a medida que aparecían. Para otros historiadores, en cambio existieron ya algunos intentos, tímidos, para intentar prever y anticipar los problemas, en una embrionaria política económica antecesora de nuestros estados del bienestar. Um imperio intervencionista? Algunos episodios como la generalización de las duedas, el derrumbe de los precios, o, al contrario, los periodos de inflación, pueden ser buenos ejemplos para constratar esta diversiones de opiniones. En especial a partir de César y Augusto, con el desarrollo de un verdadero sistema imperial, la economia pasó a ser un asunto de estado, y tanto la legislación como las medidas monetarias y fiscales tomadas revelan al menos un interés por el buen funcionamento de la economia imperial , mas álla de la mera gestión de los recursos y su centralización en Italia que caracterizó al modelo republicano anterior.No se puede hablar propiamente de uma política social, pero algunas medidas de intervención en la economía, como las tomadas por Tiberio en el 33 o la política de Alimenta de los Antoninos ( préstamos públicos a cambio de rentas para sufragar la manutención de niños desfavorecidos) son indício de la voluntad imperial por fomentar una determinada paz social. Postado por Arlindo Sena.

sexta-feira, novembro 07, 2008

A Carta Foral de 3 de Março de 1507


História Local - Rádio Elvas - edição de 6-11-2008 : - " O Foral Manuelino de Elvas concedido à vila de Elvas em 3 de Março de 1507, por D. Manuel I nas Cortes de Almeirim é um dos documentos da Chancelaria Real mais importantes do período moderno da história da cidade raiana. Este documento que na sua essência confirma o foral medieval concedido em Março de 1229 por D. Sancho I tinha como finalidade " povoar Elvas que havia sido conquistada aos serracenos". Todavia o Foral Manuelino era mais claro em matéria de organização funcionando como um documento regulador da actividade económica e das questões de fiscalidade. Em termos formais: - O foral de Elvas apresenta-se organizado em 19 folhas, num livro de pergaminho encadernado em pasta de bezerro da autoria de Fernão de Pina, no qual se reconhecem as armas reais esculpidas em bronze e a firma real de D. Manuel I . Do ponto de vista, temático o referido documento permite a identificação do termo de Elvas, como um espaço agrícola próspero em função da exploração económica de produções cerealíferas e de diversificadas espécies pecuárias. Os mesterais asseguravam a produção artesanal destacando-se entre outros os politeiros que fabricavam as peles utilizadas no fabrico das peças de vestuário. Os ferreiros, sapateiros, latoeiros e marceneiros eram outras profissões fundamentais para a normalidade da vila, cujas casas eram construídas em tijolo e cal, com traves e tabuados de madeira, com telhados de tela. Todavia o que se realça no foral quinhentista elvense é sem dúvida o alcance que o mesmo apresenta no âmbito fiscal, que era assegurado pelo "mordomado" uma espécie de administrador real a quem competia a arrecadação da dízima na execução de setenças por dívidas. Entre os impostos quebrados de referir o direito real de açougagem que era um imposto indirecto de consumo cobrado na praça ou mercado diário. Os artigos que estavam sujeitos ao pagamento deste imposto eram : os gados , ovinos e caprinos; O pescado, fruta e hortaliça. Mas as curiosidades em matéria fiscal, eram de facto significativas para uma vila raiana que uma década depois passava à categoria de cidade. Que admitia que os mercadores portugueses ou castelhanos, pudessem descarregar ou carregar as suas mercadorias na praça ou no açougue e estacionar as mesmas em qualquer ponto do termo de Elvas mas com a condição de notificarem o Rendeiro ou os Oficias de Portagem, única condição para evitar a perda da carga para os mercadores em viagem. A aduana, era o imposto que os viajantes nomeadamente os castelhanos pagavam como direito de portagem, determinava-se também que as autoridades locais podiam aumentar ou diminuir essa prática fiscal de acordo com o valor quebrado em Castela sem mandato régio. De resto é de grande interesse o estudo da pauta da portagem pois nela encontramos alguns aspectos interessantes e curiosos da vida económica e social da recém vila elevada a cidade no início de Quinhentos. Como por exemplo, os valores da exploração da Barca do Guadiana, que era gerida pelas vilas de Elvas e Olivença, que deviam acordar quem devia fazer as reparções periódicas, ficando com direito à sua exploração comercial quem fizesse a última reparação na barca. Finalmente e nos direitos de passagem, a vila raiana tinha igualmente direitos de portagem, para os gados exteriores ao concelho que viessem pastar nas terras e matas concelhias. Em termos globais, o foral manuelino procurou regular a vida económica e fiscal estabelecendo também um conjunto de normas que tinham como finalidade o boa vizinhança com os castelhanos reesidentes além Guadiana. Estabelecendo-se o degredo como pena foral para todos os indivíduos que não fossem cumpridores do conteúdo legislativo nomeadamente quebrando direitos ou recebendo ou exigindo maiores quantias que este documento determinava. Postado por Arlindo Sena

quinta-feira, novembro 06, 2008

"Eu tenho um sonho" -Martin Luther King



Notícias com História - " O mundo parece ter mudado, com a eleição do primeiro presente negro da única superpotência mundial, saída das ruínas da queda do Muro de Berlim e que hoje atravessa a maior crise da sua história e segunda maior crise da história Contemporânea. De facto a vitória de Barack Obama não é mais, hoje 5 de Novembro de 2008, que a concretização do Grande Sonho de Martin Luther King defensor dos direitos negros que em 27 de Agosto de 1964, que então junto do monumento edificado ao Presidente Linconln expôs a sua visão de uma sociedade livre e igualitária. Ainda que a Lei da Abolição da Discriminação Racial, promulgada em 2 de Julho de 1864 pelo presidente de Lyndon Johnson que foi sem dúvida o diploma mais importante para a igualdade racial dos negros dos EUA, desde a abolição da escravautra por Abraham Lincoln. E esta afirmação do poder afro-americano, nas eleições de 4 de Novembro ficou bem testemunhada por africano de idade avançada que na madrugada de ontem no Grant Central Park afirmava que esperou 44 anos pelo sonho. Para Obama o sonho continua até 20 de Janeiro - data da tomada de posse - a partir de então a realidade constituirá um desafio só comparável às enormes expectativas que os analistas internacionais criaram numa época em que o centro da economia mundial deverá provavelmente deixar o Wall Strett a caminho de qualquer outra praça financeira do Sudoeste Asiático. Ou seja, a trajectória da História passa pelos grandes impérios com a velocidade necessária que os tornam símbolos da memória colectiva e é esse o desafio de Barack Obama ...?

domingo, novembro 02, 2008

Lewis Hamilton o primeiro campeão negro da F1



Notícias com História - Aos 23 anos Lewis Hamilton torna-se o mais jovem piloto de Fórmula Um a vencer um Campeonato do Mundo da modalidade e o primeiro piloto de cor a vencer em 58 anos o referido evento. Depois de ter perdido na última prova do campeonato no ano passado para o piloto da Ferrari - Kimi Reikkonen , apresentava-se novamente na última prova do campeonato, o GP. Brasil numa situação pouco confortável, quando quase já na recta da meta assegurava o título de 2008 numa altura em que na boxe da do piloto da Ferrari, Filipe Massa já se comemorava a vitória final. Porém a desistência a poucos metros do final do alemão Timo Glock contribuiu para um final dramático nas bancadas do circuito brasileiro que viram goradas a pretensão de verem um novo campeão Mundial que viesse a suceder a Ayrton Senna, o último campeão brasileiro em 1991. Precisamente dois anos depois em 1993, o novo campeão com oito anos inciava-se a sua carreira desportivo no Karting onde dois anos depois era campeão nacional. Aos 14 anos, num programa de "caça de futuros pilotos" , Hamilton assina pela Mclarem, aos 20 anos obtém o primeiro título de referência nos automóveis na categoria de Fórmula 3 e no ano seguinte 2006 a fórmula de acesso à Fórmula Um, o GP2 vence de novo e na passada época é vice-campeão Mundial. Em 2008, a Inglaterra pátria do desporto automóvel encontrou finalmente o sucessor de Stirling Moss - pois os britânicos Jim Clark e Jackie Setwart eram escoceses. Postado por Arlindo Sena

sexta-feira, outubro 31, 2008


Notícias de História Local - Rádio Elvas - Edição de 30 de Outubro de 2008 - Uma vez mais a Escola e a Rédio partilharam o tempo do programa radiofónico, tendo como convidado o Prof. Eng. Osvaldo Silva, que lecciona a disciplina de Matemática na Escola Secundária de D. Sancho II. Todavia esta presença na Antena da Rádio Elvas, justificou-se no âmbito das grandes transformações que este espaço escolar deverá conhecer no âmbito do plano de restruturação das escolas portuguesas dentro do esforço de modernização que o Governo Central tem promovido na actual legislatura. Na sua intervenção o Prof. Osvaldo Silva, destacou de forma detalhada o plano de obras que o espaço escolar elvense irá conhecer, explicando que algumas àreas serão requalificadas e outras terão uma nova dimensão arquitectónica de raíz. E nesta perspectiva referiu que alguns dos referidos espaços justifica-se na lógica que Escola Secundária definiu para o seu futuro no âmbito da formação profissional e da necessidade de acompanhar os novos tempos em que as novas tecnologias e aproveitamento das fontes enérgicas que não podem ou não devem ser ignoradas . Já no final da sua intervenção o entrevistado referiu que as novos espaços construtivos deverão marcar uma nova perspectiva de gestão e utilização de recursos tendo como finalidade não só a comunidade educatica mas também a sociedade civil envolvente.

quinta-feira, outubro 30, 2008


História Local - Crónicas de Elvas - nº 36- IV Série in Linhas de Elvas , edição de 30 de outubro de 2008 - O tempo da Monarquia esgotava-se na manhâ de 5 de Outubro de 1910, mas só pela tarde , pelas 17.00 em Elvas se davam os primeiros vivas à República, enquanto que José Júlio de Alcântara nos Paços do Concelho hasteava a Portuguesa, iniciava-se assim uma nova era na vida política de Elvas, após um período de prosperidade que marcou quase décadas entre 1860-1880, de tal forma que em Elvas ser republicano não significava ser propriamente contra a Igreja ou contra a Monarquia no seu verdadeiro sentido, mas sobretudo contra o clima de corrupção que marcou o final do regime monárquico em Portugal. É nesse contexto que os primeiros momentos da causa republicana se registam já em plena década do século XX, apesar de alguns escritos de matriz republicana registados em dois periódicos locais a Democracia (1869) e a Democracia Pacífica (1884). Elvas continuava a abraçar a causa monárquica, o Partido Progressista era um dos pilares do Distrito de Portalegre e o movimento militar do 31 de Janeiro de 1891 era observado pelo jornal de maior circulação na cidade de Elvas como um acto reprovável " Repuna-nos o facto de vermos militares utilizarem as armas destinadas à defesa da Pátria em benefício das crenças, pessoas querendo assim impor a força das ideias que julgam preferíveis". Na classe política local, pontificava os vultos de referência do Partido Progressista não faltando algumas figuras que não viam com "bons olhos" a política centralista de João Franco. Todavia a 12 de Março de 1908 era constituída a primeira Comissão Republicana em Elvas, liderada por Júlio de Alcântara Botelho oriundo de uma família da aristocracia elvense, próxima do Partido Regenerador, que acabaria mais tarde quando a I República seguia os caminhos da instabilidade política por defender a política de autoridade e de ordem, proposta pelo Doutor Major Sidónio Pais. Enquanto abraçou a causa republicana dirigiu os destinos da Câmara Municipal de Elvas em 1911 e em 1919, mas a sua vida foi pautada pelo humanismo e solidariedade indiferente aos sistemas políticos, a prova mais evidente foi sem dúvida a sua doação de parte significativa da sua fortuna pessoal ao Albergue Elvense dos Inválidos do Trabalho. Outros nomes então se destacaram recrutados no meio militar, judicial, alfandegário e alguns comerciantes entre as elites republicanas. E entre eles António José Torres de Carvalho, cuja passagem por Coimbra , apesar de não ter concluído o Curso de Direito, tornou-o um dos intelectuais de referência da cidade não só como editor mas também como político, quase sempre de segunda linha. Foi Administrador do Concelho de Elvas em 1911, entre outros cargos. Mas o seu pretígio intelectual era reconhecido por grandes nomes da cultura portuguesa com quem conviveu , Leite de Vasconcelos, Costa Galopim, Pedro Azevedo, Raul Proença, Vírgilio Correia entre outros. Do ponto de vista sociológico, a participação política das classes populares praticamente só se tornaram visíveis nas movimentações populares que ocorreram em 1911 em Santa Eulália, Barbacena, Vila Fernando e Vila Boim, onde a existência de um "verdadeiro proletariado" rural pobre e próximo da miséria explicava essa actuação. A Primeira República duraria pouco mais que um quarto de século, e as elites pensantes eram da opinião que a república não tinha contribuído para o reforço dos poderes locais, a burocracia condicionava a prática política e as realizações no sector das obras públicas estavam reféns de orçamentos pobres e reduzidos e cada vez mais eram aqueles que consideravam que entre a Monarquia Constitucional e a República não havia grandes diferenças e outros pediam sobretudo ordem e progresso, advinhava-se uma nova ordem política. Postado por Arlindo Sena

segunda-feira, outubro 27, 2008

Igreja do Senhor Jesus da Piedade (Elvas)


História Local e Didáctica da História e Cultura das Artes [ 12º ano de escolaridade ] : - Fragmentos da Arte entre o Barroco e Neoclassicismo na cidade de Elvas - Sem dúvida que o espaço arquitectónico mais significativo do Barroco nesta cidade se encontra representado pela Igreja do Senhor Jesus da Piedade edificada a partir de 1753 sob ecomenda do Bispo D.Baltazar de Faria e Vilas-Boas, num espaço onde existiu primitivamente uma pequena capela datada de 1737. Enquadrada num espaço rectangular ajardinado no qual se identifica um monumental chafariz em frente a fachada principal de matriz barroca, cujo acesso é feito por uma espécie de adro murado forrado por uma serie de azulejos neoclássicos nos quais se identificam na sua gramática decorativa vários medalhões e grinaldas. A fachada de duas torres quadradas e posicionadas de forma diagonal á maneira do Barroco Colonial experimentado nomeadamente no Brasil , desenvolve-se a quase toda a altura da fachada central que se apresenta comprimida e rematada por um frontão contracurvado cujo tímpano aplicado no espaço central uma inscrição ao "Snr. Jesu da Piedade. O remate das torres é feito por cúpulas bolbosas que estão edificados sobre os campanários laterais. A decoração simples e limitada à associação entre o janelão central e o frontão redondo do pórtico central que por sua vez na forma e dimensão está em perfeito contraste com o amplo frontão que coroa a fachada central. Todavia o efeito cenográfico na utilização da luz na frontaria se apresenta bem conseguido em função da organização estrutural do frontespecio. De planta rectangular mas de ângulos cortados de forma a favorecer a concepção da centralização da planta é outro aspecto de referência e cujas primeiras experiências se observem no barroco da capital antes da sua utilização nas terras de fronteira do Distrito de Portalegre. No núcleo urbano histórico, destaca-se outro templo de matriz barroco cuja fachada embora mais simples não pode ser ignorado é o caso da Igreja dos Terceiros, na qual persiste a torre primitiva da construção danificada pelo Terramoto de 1755, quadrada de quatro olhais e rematada por uma cúpula bolbosa octagonal da mesma época e o portal axial simples sendo ligeiramente côncavo e ostentando ao lado de uma estrela de oito pontas a inscrição datada de 1761 referente às obras de intervenção após o momento trágico de 1755 . Mas sem dúvida que a talha dourada do melhor que se faz no País nos finais de seiscentos é sem dúvida a referência visual na capela - mor da Igreja do Salvador e nas restantes colaterais marcadas pela profundidade. O mesmo se observa ao longo da nave nas estruturas dos altares que se organizam na nave única que transforma o templo jesuítico numa autêntica igreja salão. Não menos interessante é sem dúvida os púlpitos simétricos de gosto rocaille ou rococó que estão no limite entre o falso transepto e o acesso à nave a partir da Capela - mor. A talha dourada que forra o arco triunfal do referido templo de uma só nave abobada e os diversos painéis entre os quais os que se situam do lado da Epístola já próximos da arte do rococó são outros aspectos a considerar na arte pós-barroca em Elvas. De matriz barroca e em plena transição para o rocaille, identifica-se a última campanha de obras na capela mor da antiga por iniciativa do Bispo D. António de Matos datada de 1734 , que se caracteriza pelo revestimento total em mármore policromo de diversas tipologias da mesma capela e respectivo altar mor do qual se salienta quatro colunas a negra que limitam o retábulo da Assunção à Virgem. Interessante do ponto vista formal é a fachada da igreja joanina de S.Paulo (1711) que associa ao espaço religioso uma dimensão própria de uma casa nobre, de estrutura barroca destacando-se o portal de arco de volta perfeita, ladeado por dois portais com arcos de menor dimensão da mesma tipologia que definem o espaço central cujo primeiro andar é marcado por três belos janelões de sacada de ordem diferenciada. Nas fachadas laterais abren-se dois arcos abatidos com duas janelas correspondentes e que são rematadas por falsas torres . No âmbito da arquitectura civil, o Palácio dos Marqueses de Alegrete apresenta um conjunto de obras com características do rocaille, assim na escadaria predominam a temática da caça enquanto nas várias salas destacam-se uma série de painés cuja temática revela o gosto pelas paisagens marítimas, pelos parques e pela representação da cavalaria. Postado por Arlindo Sena

sábado, outubro 25, 2008

Palácio Nacional de Sintra


Didáctica da Cultura das Artes - Módulo nº 8 - A Cultura da Gare : - Caso Prático - Palácio de Sintra - Mandado edificar, por D. Fernando de Saxo-Coburgo (1818-1885), marido da Rainha D. Maria II, com a função de residência -palácio de Verão ao gosto romântico. Foram ocupantes residentes do palácio as seguintes personalidades da monarquia portuguesa. D. Pedro V e dona Estefânia, reinado de 1853 a 1861; D.Luís e Dona Maria, de 1861-1869, D.Carlos I e Dona Amélia, de 1889 a 1908 e D.Manuel II, no curto período de 1908 a 1910. O local onde foi edificado o actual Palácio da Pena, com espaço construtivo apresenta a primeira referência para o séc. XII onde existia uma Capela dedicada a Nossa Senhora da Pena (Penedo). Em 1503 , a documentação oficial regista a doação do Mosteiro de Nossa Senhora do Penedo entretanto construído no espaço da antiga capela, por D.Manuel I à Ordem de S. Jerónimo. Contudo a origem do actual palácio situa-se em 1838 quando o referido mosteiro se encontrava já em estado de degradação após o Terramoto de 1755 é adquirido por D. Fernando II mantendo-se esta estrutura na posse da Coroa Portuguesa até 1912, altura em que a República decidiu converter o referido Palácio em Museu. Do ponto de vista arquitectónico este espaço de referência do romantismo nacional apresenta as seguintes características: - Profusão de estilos: neogótico, manuelino, neomourisco e neo-indiano. Neomourisco, nos contrafortes exteriores da edificação e em especial na organização dos arcos e nas coberturas em cúpula. Neogótico, na torre do relógio e manuelino, numa das janelas do palácio que segue o modelo do Convento de Cristo em tomar. Na organização dos elementos decorativos exteriores, destacamos as cúpulas orientalizantes, a porta alegórica da criação do mundo, encimado pelo tritão e a baluarte de forma cilíndrica de grande porte encimada por uma cúpula . Postado por Arlindo Sena.

segunda-feira, outubro 20, 2008


Didáctica da Hitória e Cultura das Artes/ 12º no de escolaridade - Actividade nº2 - Caracteriza o Palácio da Ajuda quanto a planta e fachada :- " O neoclassismo arquitecónico português só se desenvolveu no último quartel do século XVII e nas primeiras décadas do século XIX, embora depois sobrevivesse até à entrada do século XX, sobretudo através da arquitectura pública e estatal. Conheceu duas influencias principais: a italiana, predominante na região lisboeta e chegada através dos bolseiros em Roma e de artistas italianos que residiram e trabalham no país; e a inglesa, neopaladiana, predominante no Porto, e trazida directamente da Inglaterra por intermédio da numerosa colónia britânica residente nessa cidade e ligada ao comércio do Vinho do Porto. Por esta razão, Porto foi o primeiro centro da arqutectura neoclássica portuguesa. Dos edifícios exemplificativos [...] a Feitoria Inglesa, obra ecomendada e projectda por Whitehead, (...) a igreja da Ordem Terceira de S. Francisco, de António Miranda, considerada a mais harmoniosa e equilibrada da onstruções religiosas, mesmo quando comparada com as de Lisboa, do memo período, o Palácio de Carrancas, hoje Museu Nacioal de Soares dos Reis, da autoria de Joaquim Costa Lima, que também projectou o Palácio da Bolsa, ecomendado pela Associação de Comerciantes da cidade. Notáveis, também, as obras potuenses de Carlos Amarante, o maior arquitecto neoclássico do Norte: a Igrja da Ordemda Trindade e a Academia Real da Marinha e Ciências, hoje Faculdade de Ciências do Porto. (...). Em Lisboa, onde o neoclacissismo foi mais tardio, devido ao clima cultural da corte e à influência da "escola" de Mafra, ainda tardo-barroca e rococó, destaca-se sobretudo a obra de dois arquitectos: o português José Costa da Siva e o italiano Francisco Xavier Fabri . Costa e Silva e Xavier Fabri riscaram a maior obra neoclássica da capital, o Palácio da Ajuda (1795-1860), destinado a moradia real e projectado para ser grandioso, mas nunca chegou a ficar completo, fundamentalmente por falta de verbas. Na capital, são ainda de mencionar os seguintes edifícios : o Teatro Nacional de D. Maria II, obra do italiano Fortunato Lodi, em 1842-46; e a Assembleia da República, ex-convento de S. Bento da Saúde, remodelado por Ventura da Terra, já na primeira década do século XX". Postado por Arlindo Sena.

domingo, outubro 19, 2008

Notícias com História - Numa organização em conjunto entre o Gabinete Europe Direct, Câmara Municipal de Elvas e a Turma I do 11ºano de escolaridade da Escola Secundária de Elvas, foi organizada uma recepção, coordenada pelas professoras Fátima Vivas e Odete Alves a um grupo de estudantes de Andújar (Salamanca), na qual se concretizaram um conjunto de várias actividades: Uma visita de estudo centrada no património e na história de Elvas, tendo como suporte de observação e comentário os principais espaços arquitectónicos dos períodos medieval e moderno. Um passeio de intercâmbio social e cultural entre estudantes portugueses e espanhóis. E uma visita guiada ao Museu de Arte Contemporânea que de resto foi muito apreciada pelos visitantes a esta cidade e à Escola Secundária de Elvas dinamizadora das actividades referidas no presente Blog. Finalmente de referir que o C artaz- Programa é da autoria do aluno do 11ºAno, Turma I, José Pimenta. Postado por Arlindo Sena.

sábado, outubro 18, 2008

A Arte Romana

A Arte Romana - Apresentação do Módulo nº 2 - A Arte Romana - A origem da Arte Romana encontram-se na Civilização Etrusca que evolui no centro-norte da Península Itálica entre o séc. XVII aC e o IC. O templo estrusco é sem dúvida um dos espaços arquitectónicos de referência na Arte Romana, erigia-se sobre uma plataforma elevada ou pódio. Apresentava uma planta rectangular consituída por duas partes fundamentais: uma entrada com pórtico, com duas fiadas de quatro colunas cada, e coroada por um frontão triangular e uma cella dividida em três zonas, sendo a central mais ampla. Estas três zonas, sendo a central mais ampla. Estas três zonas eram destinadas a acolher as divindades da tríade etrusca. O santuário tinha uma cobertura de duas àguas, revestido com placas de terracota (acrotério e antefixos) nos ângulos dos frontões. O templo Romano, nestas circunstâncias é o resultado das influências etruscas e grega. O templo romano ergue-se sobre um pódio elevado, a que se acede através de uma escadaria na fachada. As colunas isoladas só existem no alçado frontal , no resto do edifício estão adossadas à parede. embora seja mais habitual a planta rectangular, foram igualmente construídos templos circulares, como os dedicados à deusa Vesta. Outros espaços de referência da arquitectura romana, a Basílica era um local de reunião ou um tribunal onde os cidadãos expunham as suas questões judiciais. Originalmente, era uma enorme sala de planta rectangular dividida em três naves por fiadas de colunas e, por vezes rematada poruma abside. Mais tarde foi adaptada pelos cristãos como templo para a celebração das suas cerimónias. Na área da edificação do lazer e diversão, destaca-se o teatro romano, a orquestra e a bancada estão reduzidos a um espaço semicircular e na boca de cena destaca-se um conjunto de construções que a integram. O anfiteatro, local onde se efectuavam as lutas de gladiadores, é um edifício de planta elíptica. A bancada dispõe-se em volta da arena e por baixo situam-se as jaulas onde se encontravam as feras, as zonas de treino dos lutadores e outras dependências. O circo, ou local destinado às corridas de carros, apresenta uma planta rectangular com os extremos arrendondados. a pista ou arena, dividida longitudinalmente pela spina, tem bancadas em degraus a toda a volta. A escultura, os escultores romanos utilizaram o bronze e o m ármore para criarem grandes retratos. A sua origem está, sem dúvida, nas máscaras funerárias, em cera, que com o tempo foram sustituídas por buspos esculpidos. Os escultores não só retratavam os seus modelos o mais fielmente possível como reproduziam igualmente os respectivos toucados, tendo modificado o seu estilo segundo os cânones de beleza da época. O relevo evolui segundo dois "tipos" , de carácter público e de carácter narrativo, sendo a história utilizada como objectivo de enaltecer a figura do Imperador e de carácter privado, que se refere principalmente ao contexto funerária. A pintura, encontra o seu auge nos estilos pompeianos, datados do século II d.C., e revela uma notória influência grega. O seu traço mais característico é a imitação de pedestais, lajes de mármore e colunas. O segundo estilo inclui elementos arquitectónicos pintados, como se as paredes se abrissem para o exterior na tentiva de criação de uma sensação de profundidade e perspectiva. O terceiro estilo abandona a fase a falsa perspectiva, tentando recriar arquitecturas e espaços ilusórios e impossíveis. A ornamentação desempenha um papel preponderante. O quarto estilo corresponde à fase final da vida de Pompeia e Herculano e conjuga dos estilos anteriores, denotando uma clara tendetência para o barroquismo e exagero. O respectivo módulo - apresenta como indicadores de História e Cultura das Artes: - O século IaC/ IdC . , Roma; O romano Octávio; O Senado; O Incêndio de Roma; a Língua Latin; O Ócio ; a Coluna de Trajano e os Frescos de Pompeia. Postado por Arlindo Sena.

sexta-feira, outubro 10, 2008




Notícias com história - Na segunda edição , do programa radiofónico " MEMÓRIAS DE ELVAS" e primeira referente à rubrica VAMOS À ESCOLA , a produção do referido programa convidou para sua entrevistada a Drª Mestre, Fátima Pinto, licenciada em Biologia e Mestre em Oceanografia pela Universidade de Coimbra, na qualidade de Directora da Escola Secundária D.Sancho II de Elvas, que reflectiu de forma breve e objectiva das prioridades da referida instituição. Nesta perspectiva, a referida académica entre as várias reflexões que marcou a sua intervenção destacamos: - "A importância da Escola na formação dos jovens elvenses em dois planos distintos, um centrado na formação escolar com vista à continuidade de estudos e uma outra onde a dimensão profissional constitui a grande prioridade. Nesse âmbito a Drª Fátima Pinto, recordou que esta última dimensão não é mais que a recuperação de uma tradição que marcou durante várias décadas a formação académica de várias gerações. Destacou ainda a importância da Escola na formação integral dos jovens e a sua participação e dinamização de vários Projectos que pelo seu alcance acabam por ser um elo de ligação com a comunidade escolar". Em síntese podemos afirmar que a entrevistada apresentou como prioridade da equipa que lidera: a organização escolar e a sua dinâmica, exigência e a qualidade no processo de ensino-aprendizagem, a formação integral dos jovens e a pareceria com a comunidade elvense são sem dúvida três dos grandes objectivos que a Directora da Escola Secundária de Elvas e a sua equipa pretendem atingir num período em que a Escola Pública constitui um desafio à comunidade educativa.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Um vulto da Primeira República.

História Local - Biografia: - Júlio Botelho de Alcântara (1882-1930) - Foi sem dúvida um dos maiores vultos da Primeira República em Elvas, o primeiro cidadão elvense que hasteou a bandeira da República na actual Casa da Cultura, então sede da Câmara Municipal de Elvas no longíquo 5 de Outubro de 1910. Nascido numa família aristocrática da cidade e com reconhecimento político na vida distrital, uma vez que se tratava do bisneto do Visconde de Alcântara, líder do Partido Regenerador durante a Monarquia Constituicional e deputado às Cortes nos anos de 1864, 1865 e 1871, antes de ser nomeado Governador do Distrito em 1871. A sua participação na vida pública foi efémera e limitada a pouco mais de meia dúzia de anos e referenciada pela primeira vez em vésperas da queda da Monarquia uma vez que foi um dos líderes da Comissão Municipal de Elvas do Partido Republicano fundada em 1909. Nos anos seguintes (1910-1911), assumia a liderança da Comissão Republicana e o cargo de Administrador do concelho de Elvas ao mesmo tempo que assumia a direcção da Loja maçónica da Emancipação. Pouco tempo depois ocupava cargos e funções de referência em instituições como o Sindicato Agrícola de Elvas ou a Sociedade Oleícola Elvense que reunia na sua direcção um conjunto de grandes proprietários rurais tal como Júlio de Alcântara. Em ruptura com o Partido Republicano Português surge como candidato do Partido Evolucionista em 1916 num período em que os ideais republicanos afastavam algumas personalidades locais da causa republicana, a desordem e a instabilidade política determinou o apoio do referido grupo aos ideais de Ordem e Progresso, proposta pelo Doutor Major Sidónio Pais. Apesar do apoio incondicional ao chamado Presidente-Rei, volta às lides políticas e éleito Presidente da Câmara Municipal em 1919. Retirado da vida política mas não totalmente indiferente à nova ordem, continua contudo ligado aos valores humanitários deixando parte da sua fortuna agrária à fundação do Albergue Elvense dos Inválidos do Trabalho, sem dúvida uma das mais notáveis instituições de solidariedade que caminha em direcção ao seu Centenário. Postado por Arlindo Sena.

sexta-feira, setembro 26, 2008

A Arte Grega




Didática da História e Cultura das Artes: - Apresentação do Módulo 1 - A Cultura da Ágora:- A época clássica é o momento culminante da cultura helénica. Atenas vive , até finais do século V aC., momentos de grande dinamismo devido, em parte, à reconstrução da Acrópele. Na arquitectura:- Os gregos criraram diversas tipologias de edifícios, de entre os quais se destacam os templos, por um lado, as construções civis como o teatro, por outro, e três ordens arquitectónicas : a dórica, jónica e coríntia. Da mesma forma que as ordens dórica e jónica se desenvolveram paralelamente e surgiram mais cedo, a ordem coríntia é característica da época helenistica. Pouco a pouco, a madeira e o adobe foram deixando de ser utilizados nos grandes edifícios para passar a ser usada principalmente a pedra, mas também e sobretudo o mármore, muito mais resistente e duradouro. O Templo Grego, é uma criação da época arcaica, edifica-se geralmente num espaço sagrado, a Acrópele cujo expoente máximo é a de Atenas. A planta dos templos era composta por duas àreas bem marcadas, a pronaos precedida de um pórtico e a naos espaço reservado à divindade. Outro espaço arquitectónico de referência era o teatro no âmbito das relações de sociabilidade e lazer. Apresentava uma planta semi-circular e estruturada em três dimensões: o theatron ou bancada, destinado ao público e que era uma zona em degraus e de forma circular: a orquestra, separada da zona anterior por um corredor concêntrico; um espaço circular destinado à movimentação dos elementos do coro, onde se erguia no centro o altar de Dionísio. Por fim, a boca de cena, uma plataforma mais ampla que se estendia na rectaguarda da orquestra e sobre a qual se desenvolviam os diálogos dos actores. Os gregos da época arcaica desenvolveram a escultura monumental arquitectónica e a isolada. As duas manifestaram desde início um profundo interesse pela figura humana e, apesar de nas primeiras esculturas as representações serem hierárticas e pouco expressivas, no período clássico evoluíram para um naturalismo e idealização marcantes. Na época helenística, a obsessão pela petição formal da abatomia humana foi substituida pela valorizaação do indíviduo por ser tão diferenciado e generalizou-se a execução do retrato de pessoas de todas as idades. A pintura desenvolveu-se tendo como suporte a cerâmica, nos primeiros tempos da civilização grega eram representadas formas geométricas muito simples, que, com o passar do tempo, evoluíram até adquirirem volume e foram enrequecidas pela adição de motivos vegetais zoomórficos e, por fim, da figura humana, progressivamente com maior movimento e, nos finais desta civilização, com uma clara tendência de formas complexas. Os pintores de cerâmica utilizaram básicamente duas técnicas. A primeira a surgir foi a das figuras negras, que consistia em pintar em tons escuros sobre um fundo claro. Isso permitiu a representação de cenas em que as figuras adquirem um carácter narrativo, dando lugar a dois estilos: um minaturista, em que a composição está demarcada dentro de faixas paralelas, e outro em que as cenas não sofrem delimitações e se desenvolvem por toda a superfície da peça. Em finais do século VI aC., este sistema começou a ser substituido pela técnica das figuras vermelhas , deixando-se as imagens na cor avermelhada da argila e pintando-se somente o fundo a preto. O tronco comum que será objecto de estudo nos nossos tempos lectivos apresenta os seguintes indicadores: 1. O século V; 2. Atenas; 3.O grego Péricles; 4. A Ágora; 5. A Batalha de Salamina; . Seguem-se os Casos Práticos e as Síntese. Postado Por Arlindo Sena


quinta-feira, setembro 25, 2008

O 5 de Outubro de 1910 em Elvas

História local :- O fim da primeira década do século XX, abanava as estruturas do regime democrático, em Elvas a aristocracia de sangue praticamente tinham desaparecido, os Pessanhas e os Marqueses de Alegrete, eram as únicas famílias monárquicas com reconhecimento real, não podemos esquecer que os seus palecetes serviram de recepção e de homenagem nas duas últimas visitas reais a Elvas. Os republicanos cada vez mais acreditavam no fim do regime, isso mesmo diria o Dr. António José de Almeida, no Salão que se situava na Rua Nova da Vedoria, quando convidado por Júlio Alcântara de Botelho, entusiasta e responsável pela organização republicana em Elvas apesar de nobre de nascimento. Mas já um ano anos (1908), o Dr. Benardino Machado, tinha deixado essa mensagem, perante o entusiasmo de um jovem galante, Dr. João Camoesas que perante a presença das senhoras de Elvas, dava "Vivas às damas de Elvas" para de seguida dar "Vivas à República" facto que se regista pela primeira vez publicamente em Elvas, em consequência lia-se na folha periódica local: "Sente-se já; embora não se veja, qualquer coisa de novo, que no nosso mundo político vae em breve aparecer". O tempo da Monarquia esgotava-se na manhã de 5 de Outubro de 1910, mas só pela tarde, pelas 17h00 horas, a bandeira republicana era hasteada no quartel general. Nos Paços do Concelho, começava a festa popular, cabendo a Júlio Botelho de Alcântara o içar da bandeira republicana, seguindo-se o uso da palavra por José Barroso, José Lopes e pelo Dr. João Camoesas que aconselha perante a euforia da população "ordem e serenidade", a "revolução" descia à cidade, percorrendo as Ruas da Cadeia, Carreira, Oilvença, Alcamin, voltando à rua da Cadeia, não faltando a Banda dos Caçadores nº4 e o Dr. João Camoesas que se associando, ao entusiasmo popular, continuava a pedir ordem e sossego, saudando os revolucionários de Lisboa. A comissão republicana de Elvas seria constitída pelo Presidente:- Júlio Alcântara de Botelho, o vice-presidente Mathias Florêncio e os vereadores António Correia, José Cayolla, José Vicente Franco e Manuel Francisco Carvalho. No espaço rural, Vila Fernando seria a primeira a aderir à República em 12 de Outubro de 1910, serio o Padre Marques Serrão, mais tarde Presidente da Câmara e que faz história nas primeiras horas da República, dizendo ao povo que agora é soberano e não está sujeito à mais leve pressão política e o que os republicanos pretendem é apenas uma paz durador. Nos meses seguintes as adesões ao Partido Republicano, sucediam-se não faltando a adesão dos grupos profissionais mais esclarecidos como lavradores, comerciantes, militares, funcionários públicos, farmacêuticos e escrutários, onde não faltavam antigos monárquicos e liberais. Postado por Arlindo Sena

quarta-feira, setembro 24, 2008

Tratado de Alcanizes em Campo Maior

Notícias da região: - Nos dias 12 e 13 de Setembro, a vila de Campo Maior recuou no tempo, nomeadamente 711 anos, para comemorar a assinatura do Tratado de Alcanizes, tão importante para a definição do território nacional. A comemoração foi uma iniciativa do Centro Educativo Alice Nabeiro, através das professoras Ana Paio e Cláudia Poeiras. Do evento fizeram parte uma recriação da assinatura do Tratado pelo Rei de Portugal, D.Dinis , e pelo rei de Castela, D.Fernando IV, e sua mãe, a regente, Dª Maria de Molina; uma feira medieval, com todas as atracções e transacções comerciais da época e um cortejo pela vila. Na sexta-feira, pelas vinte horas e trinta minutos, teve início um cortejo pela aantiga vila de Campo Maior, com a participação de cerca de 250 figurantes. De seguida, a comitiva regressou ao parque de estacionamente do Hotel Santa beatriz onde foi assinado e lido o Tratado. Seguiram-se lutas de guerreiros medievais, exibições de arqueiros e uma audição de flautistas. No sábado de manhã realizou-se um novo cortejo, desta vez pela parte nova da vila. De regresso ao local da feira, foi exibida a Peça Santa Beatriz da Silva. Da parte da tarde foi apresentada a Peça Tratado de Alcanizes e houve leituras de cantigas de amigo , de amor e de escárnio e mal-dizer. À noite foi servido um jantar medieval e uma nova exibição de pelejas, tiro com arco, danças e cantares medievais e, para finalizar, uma exibição de danças orientais. A meu ver a iniciativa teve imenso sucesso. em primeiro lugar porque envolveu todos os alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, pois foram eles os protagnistas de todas as realizações. Em segundo lugar porque envolveu os encarregados de educação, que participaram activamente nas actividades. Finalmente, em terceiro lugar, porque permitiu expandir todo um conjunto de ensinamentos acerca de uma época histórica a todos os que assistiram ao evento. Resta dizer que todos os fatos, espadas, escudos e outros addereços foram da responsabilidade dos alunos e professores do Centro Educativo. Parabéns e até à próxima. Postado por Fernando Antunes.

quarta-feira, setembro 10, 2008

O 11 de Setembro de 2001



Notícias com história - Eram 8:46 am. , quando em 11 de Setembro de 2001, o horror foi simplesmente ampliado pelas várias cadeias de TV do mundo inteiro, quando uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda através do sequestro de quatro aviões comerciais que tinham como alvos o "World Trade Center e o Pentágono". [espaços simbólicos da vida económica e militar norte-americana].
A morte de cerca de 3234 pessoas e o luto na "cidadania universal" foi sem dúvida o resultado dessa acção mortífera . Mas a ameaça terrorista às populações civis da "aldeia global" foi outra das consequências imediatas do "11 de Setembro", mantém-se nos nossos dias a apesar da resposta militar dos Estados Unidos, se considerarmos que da média dos 700 atentados anuais em 2001 passou-se para 2.000 em 2007 e apenas um reduzido número de esses atentados são de matriz religiosa. Predominando nos últimos anos em cerca 36% segundo o Conselho de Segurança da ONU, as acções de carácter nacionalista e separatista, em regiões situadas no triângulo Índia-Cachemira e Paquistão, mas também no Afeganistão, Filipinas e Indonésia, que torna a Ásia o continente mais mortífero para as populações civis apesar de continuarmos a "olhar" para o Médio Oriente como o berço do terrorismo internacional. Postado por Arlindo Sena.



A Cultura do Palco

Didáctica da História e Cultura das Artes [ 12º ano de História e Cultura das Artes ] - Apresentação do Módulo 6 - A Cultura do Palco - Contexto histórico:- A arte Barroca, nasce em Roma e afirma-se durante o séc. XVII e primeiras décadas do século XVIII um pouco por toda a Europa adquirindo características diferentes segundo a tradição artística e a situação política, religiosa e social de cada País. Os estados absolutistas, a igreja da contra-reforma e a burguesia protestante apoderam-se das formas barrocas e utilizam-nas como modos de propagação e poder. Cronologia : 1618-1714, Do início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV. Características específicas da Arte Barroca:- São o movimento, a sinuosidade, o exagero, a teatrialidade e o fausto. Os jogos de luz que se manifestam na representação das artes maiores, o desenvolvimento da profundidade que praticamente substitui a perspectiva em vários planos. A temática mitológica e religiosa, em que a figura humana desempenha um papel de protagonista, desenvolvendo-se o retrato e a natureza morta. 1- A arquitectura barroca - Utiliza como edificações de referência a Igreja e o Palácio. As plantas são formalmente complexas em forma elíptica e oval. As fachadas onduladas e com efeitos contrastantes na utilização dos jogos de luz. O mármore é o material nobre por excelência. 2- Pintura Barroca- Desenvolve a grandiciosidade, dinamismo, naturalismo, dramatismo e expressividade. A técnica da iluminação consiste no jogo entre luz e sombra que como veremos atingiu o apogeu na obra de Caravaggio, o chamado "tenebrismo" . A perspectiva favorece ou provoca o exagero do dramatismo e violência das cenas e a profundidade permite o desenvolvimento de uma decoração ilusória em que aparecem anjos em apoteose, paisagens e elementos arquitectónicos que completam as cenas, em particular na chamada pintura de tectos . Serão objecto de estudo específico entre outras as obras de Caravaggio, Rubens, Rembrant, Johannnes Vermmeer, Diogo Velázques, Francisco Zubarán. 3- Na escultura Barroca- As características principais desta nova corrente são o dinamismo, a monumentalidade, a expressividade, o naturalismo e o dramatismo. Os retratos de personagens são realistas e expressam os sentimentos e inclusive as paixões, e a utilização da perspectiva acentua o poder e a força da composição. Além dos retratos e do busto, observa-se a representação de imagens religiosas e de santos para a decoração de espaços interiores religiosos e palcianos ou no espaço exterior, como fontes e praças. O tronco Comum :- desenvolve as nossas actividades práticas de sala de aula, no contexto do a) Tempo - 1618-1714. b) A Europa da Corte. c) O Rei Sol Luís XIV. d) O Palco. e) A mística e cerimoniais f) A revolução científica g) O teatro de Moliére e h) O Real Edifício de Mafra. Postado por Arlindo Sena

O que é a Arte ?

Didáctica de História e Cultura das Artes - 10º ano de História e Cultura das Artes / "Introdução ao Módulo inicial" - O que é a Arte ? - Poderíamos definir a palavra arte como a " manifestação da actividade humana mediante a qual se expressa, através de recursos plásticos, línguísticos ou sonoros, uma visão pessoal e isenta da interpretação do real ou do imaginário ". Todavia esta definição não explica de que forma se diferencia uma obra de arte que não seja ou se este significado é válido para todos os períodos da História. A concepção que os seres humanos têm da arte tem-se modificado, modifica-se e modificar-se-à , de acordo com o momento histórico e com a sociedade em que se enquadra. Na verdade, os primeiros artistas, os pintores rupestres, não tinham a noção de estarem a produzir uma obra de arte, pois o sentido que davam a essas imagens identificava-se com práticas da magicas ou a religiosas, desconhecendo-se se estariam também relacionadas com a estética. Nos nossos dias , consideramos que uma obra de arte, quer expresse ou não um significado ou sentimento quer na forma como é conseguida, provoca, da parte do espectador, uma reacção estética, de prazer ou de recusa, e deve ser criativa, ou seja, terá de apresentar formas de expressão originais. Não obstante o conceito de estética em si é também muito variável e aplicamo-lo frequentemente com significado distintos. Afirmamos que algo é estético quando na realidade pretendemos dizer que é bonito, elegante ou agradável e referimo-nos à estética de um artista, de um movimento ou de um estilo quando nos referimo-nod às suas características essenciais e ímpares. As disciplinas artísticas:- Mais importantes e marcantes no âmbito da história da arte em gaeral são a arquitectura, a pintura e a escultura. No entanto, podemos identificar outras designadas de de menores , independentemente do seu valor expressivo e evolução técnica e formal referimo-nos à joalharia, à cerâmica, ao mosaico ou ao vitral. De referir também a existência de duas disciplinas que só muito recentemente foram objecto de estudo e de divulgação bibliográfica nas úttimas décadas do século XX: a fotografia e o cinema. Os materiais e as técnicas - Os materiais empregues por exemplo na arquitectura variam segundo as épocas e a geografia do local. Na Antiguidade utilizava-se principalmente a pedra, o adobe, cozido ou não, e a madeira. A partir da revolução Industrial, tornam-se conhecidas as possibilidades construtivas do ferro, do aço e do vidro em larga escala e surgem novos materiais como o cimento armado ou mesmo o plástico, que trasformam o acto de construir que se manifesta cada vez mais rápido em função da maquinaria. Na pintura as diferentes técnicas foram-se desenvolvendo de acordo com o respectivo tipo de suporte: a parede, a madeira, a tela e o papel .... Este, por sua vez , determinou a composição da pintura e a textura. Antigamente, era o pintor que fabricava as suas próprias tintas com pigmentos naturais. Actualmente, existem lojas especializadas que oferecem uma grande variedade de produtos, para todas as necessidades, o que resulta numa melhor diversidade cromática, textura e plasticidade. As cores aplicam-se ao respectivo suporte previamente preparado com uma camada de gesso, de cor ou de qualquer outro material, utilizando pincéis ou espátulas. Na escultura , como na arquitectura , os materiais utilizados dependem da zona geográfica e do momento histórico. Os mais comuns por ordem de utilização pelo tempo histórico são o mármore, a argila, a madeira , o bronze e o ferro, embora nas últimas décadas se tenham testado todos os tipos de materiais desde o poliesterno ao tubo de néon. As técnicas empregues tradicionalmente pelos escultores são o talhar, modelar e moldar. Na primeira , o artista cria a forma cortando e extraindo o material excedente até conseguir o efeito desejado. Na segunda a diferença da primeira é a utilização de materiais macios e flexíveis, permitindo ao escultor adicionar ou eliminar pedaços a seu gosto. A moladagem aplica-se aos trabalhos em metal. Postado por Arlindo Sena.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Os cientista da Comunidade Judaica Elvense.

História Local - No Alto Alentejo, pelo menos desde finais do séc. XIV, estavam em crescimento algunas comunidades de origem judaica, das quais as chamadas Ruas Novas contribuíam para um novo traçado, como são os casos das vilas medievais de Elvas ou das vilas próximas desta, como foram exemplo as de Estremoz e Vila Viçosa. Na centúria seguinte, Castelo Vide, Campo Maior, Sousel e Fronteira, tornavam-se outros núcleos de população judaica em função das constantes fugas das inúmeras famílias que face à violência da Inquisição Espanhol, mais cruel que a portuguesa, determinava a procura dos espaços da raia portuguesa como locais de refúgio por excelência. Nesse contexto, Campo Maior e Elvas tornaram-se importantes "centros de recepção" dessas populações em fuga; em Elvas o número de fugitivos aproximou-se dos 10.000, que apesar de tudo estava longe do número atingido em locais mais a Norte do País, como Miranda que atingiu o triplo do número de refugiados daquela vila raiana da região do Caia. Na comuna de Elvas, considerando o fundo da Chancelaria de D. Afonso V [Arquivo Nacional da Torre do Tombo], em tempo de exílio judaico, José Verdugo ficava isento de prestar serviços ao concelho e os cirugiões Rabi Sabi e Ordenha, tinha permissão para viver entre os cristãos, tal como Meir Cuélar; o mesmo sucedia com Abel Alfarim e com o mercador Samuel Monção, tal como a maioria dos médicos (cirurgiões ) de Elvas. Mas a integração e reptução da comunidade judaica junto à cristã, era significativa junto daqueles que tinham como ofício a prática de outra ciência, para além da médica, referimo-nos aos físicos entre eles: Moisés Vinho, natural de Badajoz mas que exerceu a sua actividade em Elvas até ao fim dos seus dias ou Mestre Álvaro, que tal como Vidal de origem elvense desenvolviam a sua actividade nas localidades mais próximas. Todavia seriam os mercadores de matriz judaica que atingiram maior prosperidade e relevo já na época Moderna. Caso das famílias Fernandes e Gomes, com prósperas casas comerciais na Rua dos Mercadores em Lisboa, de resto destes grupos familiares destacaram-se notáveis elvenses como António Fernandes, O surdo que foi simultâneamente mercador e banqueiro, que ligado ao tráfico negreiro entrou na Corte do monarca D.Manuel I com a função de tesoureiro da Coroa. Ou Manuel Gomes, fornecedor dos produtos coloniais aos Ruiz Del Campo, numa época em que o mercador elvense dominavva as rotas comerciais de Segóvia e Medina e pouco depois tornava-se uma referência no comércio internacional. A sua trajectória é seguida pelos seus filhos Luis Gomes que torna-se coronel da Nobreza e ostenta pouco depois o ofício de Correio Môr que compra por 70.000 cruzados ao monarca ibérico D. Filipe II e que se manteve até 1797 nesta família elvense então de pergaminhos da alta nobreza e distante da sua origem judaica, utilizando a designação de Mata Sousa Coutinho . Postado por Arlindo Sena